Pokémon Go: jovens de Friburgo invadem as ruas em busca dos monstrinhos virtuais

 Jogo utiliza realidade aumentada e GPS. Aplicativo que virou mania chegou ao Brasil na última quarta-feira
quinta-feira, 04 de agosto de 2016
por Dayane Emrich
O jogo utiliza realidade aumentada e GPS (Foto: Henrique Pinheiro)
O jogo utiliza realidade aumentada e GPS (Foto: Henrique Pinheiro)

À procura por iscas, berries, poções, pokébolas e, é claro, pokémons, centenas de “treinadores” friburguenses foram às ruas da cidade na tarde desta quinta-feira, 4. Trata-se do jogo Pokémon Go, lançado no Brasil na última quarta-feira, 3, que já tomou a memória dos smarthphones dos fãs do jogo e desenho animado. “Eu assistia ao desenho quando era criança e gostava muito. Jogar é extremamente nostálgico”, afirma a estudante do 2º ano do ensino médio Débora, que já capturou mais de 40 pokémons, menos de 24 horas depois de baixar o aplicativo.

Disponível para aparelhos Android e iOS, Pokémon Go usa dados do Google Maps para espalhar pelas cidades os monstrinhos, que aparecem em lugares aleatórios, mas, geralmente, obedecem um nível de raridade e condições geográficas. Um exemplo são os pokémons de água, que tendem a ficar próximo a rios, mares e lagos. 

Com uma interface simples de usar, basta apenas alguns minutos de jogo para se adaptar ao universo dos “treinadores”. Na tela, aparecem cubos azuis, que são PokéStops, ou seja, locais em que é possível conseguir itens como novas pokébolas e ovos; torres de diferentes cores, que são os ginásios, onde acontecem as batalhas; e os pontos verdes, que representam os locais onde há pokémons disponíveis para captura. Em Nova Friburgo, diversos pontos, como o coreto da Praça Getúlio Vargas, viraram PokéStops. Pedestres desavisados se surpreenderam com o aglomerado de jovens no local na tarde desta quinta-feira, 4. “Eu não estou entendendo, tem muita gente na rua com os celulares na mão. Isso é comum, mas parece que agora está pior”, afirmou o aposentado Aurélio de Marques Silva, de 68 anos, sem saber que estava ao lado de uma pokéstop. "Tenho que ficar em pontos específicos para conseguir alguns itens. Assim que liberaram o jogo eu baixei e estou jogando desde então. Já peguei vários e o último foi um pidgey. É viciante”, exclama o adolescente Marcio de 14 anos.

Para proporcionar interação entre jogadores e facilitar a captura dos pokémons, o jogo utiliza realidade aumentada e GPS. Nesta função, os jogadores são avisados quando estão próximos à localização de algum monstro. “Peguei alguns no colégio, nas Praças [Getúlio Vargas e Dermeval Barbosa Moreira] e em outras ruas aqui do Centro. Estou com 37 pokémons, mas espero capturar muito mais até o fim do dia”, conta Felipe, 17, explicando que para aprisionar um dos monstros basta arrastar a pokébola que aparece na parte de baixo da tela na direção do bichinho virtual.

O estudante José Inácio, 16, em meio a elogios ao aplicativo, explica que “diferente dos outros jogos, que geralmente jogamos em casa, sozinhos, no vídeogame ou computador, o Pokémon Go faz com que a gente saia de casa e interaja com os amigos. Estou na rua desde cedo e pretendo passar o dia em busca de mais pokémons, já que estou de férias”, conta.

Se os pais estão preocupados, aí vai uma boa notícia: “Pokémon Go” consome bateria de forma exagerada, já que combina funções como GPS, câmera, entre outras. Além disso, o jogo exige que o usuário esteja sempre conectado à rede, o que às vezes não é possível na rua. Então, quando acabar a carga ou o plano de dados, os treinadores vão ter que voltar para casa.

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