O foco da questão

sexta-feira, 06 de julho de 2018
por Jornal A Voz da Serra

        ATÉ O MOMENTO, não há um debate sobre a perspectiva de restauração da Praça Getúlio Vargas que vem, ao longo dos anos, se deteriorando e se descaracterizando. Tombada pelo governo federal, a principal praça de Nova Friburgo continua à mercê de arranjos pontuais feitos pela prefeitura, sem respeitar suas características que a tornaram a “Catedral dos Eucaliptos” e uma das maiores praças do Estado do Rio de Janeiro.

         SE DE UM lado existiu interesse do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em manter preservado o rico patrimônio fluminense, as intenções não saíram do papel. Há décadas a cidade carece de uma estruturação acerca de seu patrimônio material e natural, quer na preservação do acervo arquitetônico que ainda resta, quer na preservação da nossa Mata Atlântica, esta sim, o maior patrimônio friburguense.

         A MEMÓRIA do município vem sendo muito bem guardada pelo governo através da Fundação Dom João VI. O acervo de livros, fotografias, mapas, jornais e demais documentos realmente denota a preocupação com o nosso passado, as tradições e a história do município. Porém, não é apenas isto que compõe o patrimônio de Nova Friburgo. Ele está nas ruas, nos casarios, nos prédios centenários, nas igrejas e praças, nas matas.

         OS EXEMPLOS infelizmente são muitos e tais deficiências não deveriam compor a paisagem de uma cidade que, ao atingir 200 anos de fundação, ainda não conseguiu corrigir. Para o tão sonhado turismo, como prevê o governo, o patrimônio friburguense precisa de uma intervenção séria, de manutenção e preservação, se ainda quisermos manter vivos os tempos de outrora.

         O PATRIMÔNIO de Nova Friburgo deve ser visto em sua totalidade, fortalecendo as leis existentes e criando outras medidas que possam ajudá-lo a ser preservado. Cultura, educação, meio ambiente e turismo são apenas algumas áreas que não podem perder o foco da questão. Pode-se fazer muito com pouco.

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