MPF debate o futuro da Praça Getúlio Vargas com a população de Friburgo

Entre as propostas estão melhoria da iluminação pública e novo laudo sobre as condições dos eucaliptos
sexta-feira, 14 de junho de 2019
por Jornal A Voz da Serra
A Praça Getúlio Vargas (Arquivo AVS)
A Praça Getúlio Vargas (Arquivo AVS)

O Ministério Público Federal promoveu recentemente duas reuniões técnicas entre o grupo de trabalho responsável pela revisão do projeto de requalificação da Praça Getúlio Vargas e representantes da sociedade. As reuniões aconteceram na Procuradoria Federal em Nova Friburgo e debateu as propostas de recuperação do espaço tombado pelo patrimônio histórico. O GT (Grupo de Trabalho), formado por servidores técnicos do município, foi designado para revisão e atualização do projeto de requalificação da praça, elaborado pelo Iphan por meio da empresa Technische em 2015. Durante os encontros, o GT esclareceu alguns pontos do projeto que estão sendo revisados.

A primeira reunião foi com representantes da Feira de Artesanato (Friart) que acontece na praça aos fins de semana, enquanto a segunda contou com representantes do grupo SOS Praça Getúlio Vargas – Abraço às Árvores e da Ordem dos Advogados do Brasil. Nos encontros foram apresentadas sugestões para preservação do espaço. Entre as novas  propostas estão a revitalização dos canteiros com mais flores, melhoria da iluminação pública, confecção de novo laudo fitossanitário sobre as condições dos eucaliptos, recuperação das árvores centenárias e substituição daquelas com saúde comprometida, recuperação do mobiliário urbano, nivelamento do piso e o início do projeto de educação patrimonial junto à população.

Quanto à arqueologia, obrigatória pela legislação para recuperação da praça, o grupo relatou que não haverá escavações generalizadas. Apenas três pequenas janelas de prospecção arqueológica serão abertas no piso da praça, cada uma com tamanho de 1×1 metro, localizadas no primeiro eixo entre as ruas Dante Laginestra e Ernesto Brasílio. Os locais serão definidos com base em pesquisas históricas e registros comprovados da localização dos espelhos d’àgua originais do projeto feito para mapear os tanques criados pelo artista Glaziou, que projetou a praça, em 1881. Esse trabalho será conduzido por profissionais qualificados, utilizando técnicas de preservação do entorno da praça e das árvores. O início dos trabalhos depende da liberação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Segundo o coordenador do GT, Luiz Fernando Dutra Folly, “todo o trabalho implica em garantir como será a manutenção da praça neste momento e também no futuro”. “A Praça Getúlio Vargas é um bem que está em condições de violação do tombamento e o intuito do Ministério Público Federal é ouvir todas as posições dos grupos envolvidos na revitalização do patrimônio histórico cultural tombado e do cuidado com as árvores. Para isso, estamos promovendo essas reuniões e novas audiências públicas estão previstas”, disse o procurador da República João Felipe Villa do Miu.

A próxima audiência pública sobre o tema está agendada para o dia 28 deste mês, às 15h, na Procuradoria da República, que fica na Rua General Osório, 46, no Centro. Já no dia 1º de julho, a Câmara Municipal também promoverá uma audiência pública, às 18h.

 

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