A história de Merica no Friburguense tem alguns capítulos especiais. Como jogador, fez parte de um dos elencos mais poderosos já montados pelo clube, em 1999. Anos depois, retornou a Nova Friburgo, já com as chuteiras penduradas, mas com novos objetivos dentro do futebol. Na primeira oportunidade como treinador, fez grande campanha com o time sub-17 no Campeonato Carioca, e por detalhes, não conseguiu levar a equipe para as semifinais do Estadual.
Promovido a técnico dos juniores, comandou o time vice-campeão do Torneio Otávio Pinto Guimarães (OPG) e passou a integrar a comissão técnica profissional, como auxiliar do então comandante Gérson Andreotti.
Logo depois do Carioca deste ano, Merica recebeu a missão de assumir a equipe principal do Friburguense. Com uma base mantida e boa parte do elenco renovado, com a promoção de alguns garotos da base, formou um time competitivo. De fato o Tricolor da Serra não era considerado um dos favoritos ao título, mas a cada jogo conseguiu comprovar, dentro de campo, o seu valor. O Frizão avançou, passou pelas semifinais e foi coroado no último sábado, 22, com o título da Copa Rio.
“Jamais imaginaria que fosse do jeito que foi, com o gol do Luiz Felipe, com duas defesas de pênalti. Mas acho que foi o ingrediente para coroar o nosso trabalho. A gente entrou comendo pelas beiradas porque tinha umas seis ou sete equipes que eram bem mais faladas que o Friburguense. Mas o nosso grupo sempre confiou que poderia chegar e ser campeão”, garante.
Ainda à espera da homologação do título na justiça, devido ao questionamento da Portuguesa que atesta irregularidade na atuação do zagueiro tricolor, Diego Guerra, o Friburguense já sabe qual será um dos seus grandes desafios na próxima temporada: buscar o retorno à primeira divisão do Campeonato Carioca. De qualquer forma, a campanha na Copa Rio servirá como espelho para o próprio Tricolor da Serra conseguir o objetivo.
“Acreditei nesse time desde o primeiro dia. Olhei nos olhos desses garotos e eles compraram a ideia de que poderíamos ser competitivos e ganhar de qualquer um, dentro ou fora de casa. Foi muito gostoso ganhar e provar para eles que era possível, que eles têm condição de recolocar o Friburguense na primeira divisão”, conclui Merica.
Artilheiro da Copa Rio, Lohan celebra bom momento
Desde as divisões de base, ele era apontado como uma das boas promessas do Friburguense. Promovido com apenas 17 anos, quando começou a receber as primeiras oportunidades no time profissional, Lohan teve tempo e respaldo o suficiente para amadurecer e assumir de vez a responsabilidade de vestir a camisa nove tricolor.
Durante a Copa Rio deste ano, o jogador de 21 anos de idade viveu os melhores momentos neste início de carreira. Um dos destaques da equipe, além do título de campeão, ainda conquistou a artilharia com 11 gols marcados. Desempenho suficiente para ajudar a recolocar o Frizão no rumo, e coroar o trabalho individual e de todo o grupo.
“Infelizmente fomos rebaixados no início do ano, mas sempre acreditamos na força desse grupo. Merecíamos dar uma resposta para os nossos familiares, para todos os que nos apoiam. Um grupo maravilhoso. Agora é curtir esse momento, porque nós merecemos”, pontua.
Em 2013, Lohan já era uma das apostas do Friburguense para o estadual. Tratado como uma grande joia da base, foi disputado por grandes clubes do Brasil, além de ter recebido sondagens de clubes do exterior, como do CSKA, da Rússia. Treinou no Cruzeiro e no Fluminense, mas acabou voltando ao Tricolor da Serra, onde atuou nos campeonatos estaduais de 2014, 2015 e deste ano.
No estadual de juniores do ano passado teve praticamente média de um gol por jogo, e manteve o nível na campanha do vice-campeonato do Torneio OPG. Foi artilheiro da competição, com 13 gols marcados. Emprestado ao Macaé depois do Estadual deste ano, preferiu retornar à Nova Friburgo para a disputa da Copa Rio.
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