Marlon Moraes é uma das atrações de evento inédito do WSOF

Atleta friburguense sustenta longa invencibilidade: domínio total em sua categoria
terça-feira, 08 de novembro de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Marlon será uma das estrelas do evento promovido pelo WSOF no último dia do ano (Foto: Divulgação)
Marlon será uma das estrelas do evento promovido pelo WSOF no último dia do ano (Foto: Divulgação)

Aos poucos, Marlon Moraes conquistou o seu espaço no mundo das artes marciais. Dos tatames de Nova Friburgo, quando ainda dominava o cenário do muay thai nacional, o atleta friburguense alçou voos maiores rumo aos EUA. E foi no país norte-americano que se transformou em uma das principais estrelas do World Series of Fighting, considerado o segundo maior evento de MMA do planeta, atrás apenas do UFC.

Em posição de destaque, Moraes será uma das atrações do grande evento promovido pelo WSOF no dia 31 de dezembro, em Nova York (EUA). O card terá nada menos do que quatro disputas de título. Entre elas, está a de Marlon Moraes, campeão do peso-galo (até 61kg), que defenderá o cinturão contra o compatriota Naldo Silva, ex-campeão do Jungle Fight e debutante na companhia americana. A outra é pelo peso-médio (até 84kg), quando David Branch colocará o título em disputa contra Louis Taylor. Duas delas já haviam sido confirmadas: Justin Gaethje contra o brasileiro João Zeferino, pelos leves (até 70kg), e Jon Fitch x Jake Shields, pelos meio-médios (até 77kg).

Campeão peso-galo do WSOF e invicto desde novembro de 2011, Marlon Moraes construiu uma carreira de sucesso nos Estados Unidos, onde reside e treina atualmente. Em entrevista a jornalistas durante o media day no Rio de Janeiro, porém, o lutador vê que tal feito se torna cada vez mais difícil de ser realizado atualmente.

“Eu vejo a porta um pouco fechada para os brasileiros (nos EUA). Vejo muita gente talentosa na categoria mosca, galo, pena, mas vejo que eles não estão levando os atletas para lá. Eles me levaram porque eu estava treinando lá, igual ao Alexandre Capitão. No Brasil só tem talento. Se eu começar a pesquisar nomes encontramos um monte. Você vai no Shooto, Jungle Fight, campeões, desafiantes. O Brasil é um celeiro, vários atletas duros. É só questão de observar os atletas lutando”, afirmou Marlon Moraes, que ainda comentou sobre o processo de escolha dos lutadores, segundo ele, algo que varia entres matchmakers.

“Sou fã de promoter e matchmaker que assiste à luta, não daquele que só olha no papel. Muita gente não queria me dar oportunidade, pois eu cheguei lá e tinha algumas derrotas, mas eu tinha certeza que podia lutar e fazer bonito, e consegui chegar aonde cheguei. Acho que os promoters estão muito focados no cartel e muitos empresários ‘fazem os lutadores’. Botam o cara para lutar com dez, 20 galinhas mortas. Aí daqui a pouco ele está no UFC e perde”, encerrou Marlon, que atua pelo WSOF desde 2012, no primeiro evento.

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TAGS: artes marciais | MMA
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