Iniciadas obras de contenção em pedra que ameaça rolar

Moradores do Maria Teresa tiveram que deixar 15 casas no bairro, em fevereiro, e recebem aluguel social
segunda-feira, 01 de abril de 2019
por Alerrandre Barros (alerrandre@avozdaserra.com.br)
Os técnicos na encosta (Fotos de divulgação)
Os técnicos na encosta (Fotos de divulgação)

Começou nesta segunda-feira, 1º, a obra de contenção em uma pedra que causou a desocupação de imóveis no bairro Parque Maria Teresa, distrito de Riograndina. Funcionários da Secretaria Municipal de Obras trabalham na estabilização da formação rochosa para evitar que desplacamentos de rochas atinjam casas. Não há prazo para término dos serviços.

Em fevereiro deste ano, 15 imóveis na Rua Zuleica Ramos de Valença foram interditados pela Defesa Civil de Nova Friburgo devido aos riscos de serem atingidos por pedaços da pedra. Segundo a prefeitura, os moradores foram orientados a saírem das casas. Eles devem começar a receber R$ 700 de aluguel social, benefício que será pago por 12 meses, ou até o término das obras.

“Dos 15 imóveis, nove proprietários já apresentaram os documentos necessários e tiveram o processo de pagamento do aluguel social encaminhado. Três imóveis ainda possuem pendência documental. Outras três casas estão vazias desde a interdição, provavelmente os proprietários não residem na cidade”, informou a Secretaria Municipal de Assistência Social.

Morador do Parque Maria Teresa, Vitorino Medeiros que alertou às autoridades sobre o risco de desplacamento da rocha. A casa dele fica exatamente em cima da encosta onde a pedra ameaça rolar a qualquer momento. De acordo com ele, o problema não é novo. “Desde a tragédia das chuvas de 2011 parte do barranco caiu, mas a área não foi considerada de risco porque nas vistorias realizadas a pedra na encosta não estava aparente. Com as chuvas dos últimos anos, a base da pedra foi sendo descoberta e hoje temos a constatação desse perigo aqui no bairro”, disse o morador, em entrevista para A VOZ DA SERRA, em fevereiro.

Ainda segundo Vitorino, a primeira medida foi ele próprio quem tomou para impedir que a situação se agravasse. “Eu coloquei os primeiros plásticos no morro para que a água da chuva não infiltrasse na terra e deixasse a pedra ainda mais exposta. Depois os moradores também me ajudaram a comprar mais material para continuar a proteção”, contou.

Técnicos do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ) estiveram no bairro, em fevereiro, para análise geológica da pedra e confirmaram os riscos. Anteriormente, dez casas seriam interditadas no Maria Teresa. Mas, após o laudo do órgão estadual, a Defesa Civil municipal decidiu expandir a área de interdição para 15 imóveis.

 

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