Histórias pouco conhecidas sobre as renas do Papai Noel

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
por Jornal A Voz da Serra

Quem são as renas que ajudam o Papai Noel a distribuir os presentes de Natal em seu trenó voador? Quase ninguém sabe, não é mesmo? Pois bem, cada uma delas tem nome e a principal, Rudolph, foi um personagem criado por um funcionário de uma rede de lojas americana. São nove renas: Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago, todas seguindo Rodolfo, a rena do nariz vermelho, que ilumina os céus e anuncia a passagem do trenó. Seus nomes originais são Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Donner e Blitzen. 
Os créditos pela criação dos nomes das oito renas são de um poema de 1823 escrito pelo americano Clement Clarke Moore, chamado “A Véspera de Natal” (“A Visit from St. Nicholas”)”. Já Rodolfo só surgiu em 1939, por Robert L. May, criado para atender ao pedido do dono de uma loja de departamentos. O “pobre” Rodolfo sofria o que hoje conhecemos por bullying, pelo detalhe considerado, então, no mínimo estranho: um nariz vermelho brilhante. Em certo Natal, Papai Noel viajava numa noite com muita neblina, viu seu nariz cintilando e pediu sua ajuda para cruzar os céus. Aí começa a história de Rodolfo.

A história de Rudolph e de seu criador  
As renas do Papai Noel são as únicas do mundo que sabem voar, ajudando o bom velhinho a entregar os presentes para as crianças do mundo todo, na noite de Natal. Quando ele pede para serem rápidas, elas podem ser as mais rápidas renas do mundo, mas quando o Papai Noel quer, elas também podem ser muito lentas. O mito das renas foi inventado na Europa, no século 19. 
Já a rena Rudolph surgiu em 1939, quando a cadeia de lojas Montgomery Ward Company, com sede em Chicago, pediu ao seu empregado Robert L. May para criar uma história de Natal para ser oferecida aos seus clientes. Todos os anos, as lojas do grupo Ward compravam livros de Natal para colorir, ofertados aos seus clientes. O departamento de May considerou que a criação e distribuição de livros próprios seria uma forma eficaz de diminuir as despesas. Então, May, que tinha uma paixão pela escrita de livros infantis, foi incumbido da tarefa. 
A história de Rudolph foi escrita em versos e conforme May os criava, ia testando-os com sua filha, Barbara, de quatro anos. Apesar de Barbara adorar a história, o patrão de May ficou preocupado com o fato de a rena ter um nariz vermelho, já que esta era uma figura por vezes associada à bebida e aos alcoólicos, não lhe parecendo a melhor base para uma história infantil. Para resolver esse problema, May levou Denver Gillen, um amigo do departamento de arte da Montgomery Ward, a um jardim zoológico para que fizesse um esboço de Rudolph. O desenho de Gillen de uma rena com um nariz vermelho brilhante colocou um ponto final na hesitação do patrão de May e a história foi finalmente aprovada. 
A empresa distribuiu 2,4 milhões de cópias do livro “Rudolph, the Red-Nosed Reindeer”, em 1939 e, até ao final de 1946, foram distribuídas um total de seis milhões de cópias. Isto, apesar de muitas vezes haver escassez de papel por causa da 2ª Guerra Mundial. No período pós-guerra, a procura pela figura de Rudolph foi enorme. No entanto, como May tinha criado a história enquanto era funcionário, quem detinha os direitos como autor era a Ward. Seu criador não recebia royalties, não tinha participação nos lucros produzidos pela sua criação.
Contudo, em janeiro de 1947, conseguiu convencer o presidente da empresa a transferir os direitos autorais para ele. Assim, de posse de sua “criatura”, Robert L. May garantiu sua estabilidade financeira. “Rudolph, a rena do nariz vermelho” foi publicado para comercialização em 1947 e encenada nos EUA em forma de musical nos anos que se seguiram, com estrondoso sucesso.

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