Geólogos visitam nesta quarta áreas afetadas pela tragédia de 2011

Verificação integra o 49º Congresso Brasileiro de Geologia que acontece no Rio de Janeiro
terça-feira, 21 de agosto de 2018
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Uma das encostas que deslizaram, no Centro, em 2011 (Arquivo AVS)
Uma das encostas que deslizaram, no Centro, em 2011 (Arquivo AVS)

 

Teve início na última segunda-feira, 20, a 49ª edição do Congresso Brasileiro de Geologia. Após 34 anos, o maior encontro de geociências da América Latina acontece na cidade do Rio de Janeiro e na programação está prevista uma visita de geólogos a Nova Friburgo nesta quarta-feira, 22. Eles irão verificar algumas áreas atingidas por deslizamentos de encostas na tragédia climática de janeiro de 2011.

Os geólogos e estudantes vão observar pontos em que ocorreram grandes escorregamentos de terra após a forte tempestade que deixou 918 mortos, 103 desaparecidos e 30 mil moradores desalojados ou desabrigados em Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis.

Além disso, será possível observar algumas obras geotécnicas realizadas após a tragédia que atingiu também as cidades de Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal. Está prevista também a visita aos laboratórios de Geologia e Mecânica dos Solos que atendem ao curso de Engenharia Civil do Centro de Ciência e Tecnologia da Universidade Serra dos Órgãos – CCT/Unifeso, em Teresópolis.

Bairros mais atingidos

Em Nova Friburgo ainda se encontram cicatrizes da tragédia por várias lugares, principalmente em bairros que foram mais atingidos pela tempestade. Em Córrego Dantas, o cenário ainda é de destruição e, pelas ruas, quase não se vê mais moradores, já que a maioria teve suas casas destruídas. As marcas da água e lama que tomaram o bairro ainda podem ser vistas na fachadas de muitas residências que se transformaram em ruínas.

Cenários de destruição também se observam no loteamento Três Irmãos, no distrito de Conselheiro Paulino, onde os escombros de casas ao pé da montanha que desabou mostra bem o que a população sofreu.

Em 2014 foram investidos R$ 298,5 milhões para 53 obras de contenção de encostas, sendo 42 em pontos mais críticos. Outras oito foram iniciadas, e mais três foram programadas para o início de 2015. Foram concluídas obras de contenção no Centro, nas ruas Carlos Éboli, Almirante Barroso, Sílvio Henrique Braune e Cristina Ziede, Praça do Suspiro, anfiteatro, Clube dos 50, além da Alameda Eduardo Guinle; Tingly, Duas Pedras, Jardim Ouro Preto (Matacão), Parque das Flores e Granja do Céu. Também foram realizadas drenagens na Praça do Suspiro, na Rua São Jorge, no Jardim Califórnia, e na Chácara do Paraíso.

Segundo o governo do estado, também foram incluídas no plano de revitalização obras de contenção e revegetação nos bairros Jardinlândia, São Jorge, Floresta, Córrego Dantas, Duas Pedras/Lazareto, Jardim Califórnia II, Jardinlândia II e subida do loteamento Belmonte.

 

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