Gasto com iluminação pública deve passar de R$ 1,6 milhão

Prefeitura realizará pregões para alugar dois caminhões, uma picape e materiais de segurança
terça-feira, 08 de janeiro de 2019
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Manutemção de poste em Friburgo (Divulgação Secom PMNF)
Manutemção de poste em Friburgo (Divulgação Secom PMNF)

A Prefeitura de Nova Friburgo pretende realizar dois pregões ainda este mês para alugar três veículos, comprar materiais e equipamentos e, assim, retomar o projeto de iluminação pública. Estima-se que o Executivo gaste pouco mais de R$1,6 milhão.

De acordo com os editais da prefeitura, com preço total estimado pela administração, a aquisição dos materiais e equipamentos está orçada em R$ 694.737,19 e para a locação dos veículos, R$ 961.980,00.

O desejo da prefeitura é realizar os serviços por conta própria, através da secretaria municipal de Serviços Públicos, até que o processo de terceirização seja finalizado – prevista para este ano.

Segundo os editais, o pregão para o aluguel dos veículos (caminhão guindauto e picape) será realizado no dia 15, à tarde, e o pregão dos materiais e equipamentos (material elétrico e equipamentos de proteção individual) será realizado dois dias depois, no próximo dia 17, pela manhã.

Queixas

Moradores do Centro, do distrito de Amparo, Parque Dom João VI (e adjacências), Cônego, Sítio São Luís, entre outras localidades, entraram em contato com A VOZ DA SERRA para reclamar da falta de iluminação em algumas ruas e trechos desses bairros. Segundo eles, o principal problema da escuridão das vias é a insegurança, tanto para pedestres, quanto para os motoristas, além do medo de que os locais passem a ser visados por assaltantes.

Outra queixa contra a iluminação pública é com relação ao desperdício de energia. Muitas lâmpadas ficam acesas durante todo o dia e a baixa luminosidade observada à noite, torna inútil sua real função.

“Algumas lâmpadas foram substituídas, mas elas não iluminam nada, continua tudo escuro. A sensação de insegurança só aumenta. Sem falar que parece piada e que essa troca de lâmpada é só pra constar que fizeram alguma coisa, mas, resolver o problema, parece que não há interesse”, relatou Eduardo Trigo, membro da União dos Moradores que engloba o Parque Dom João VI e localidades próximas.

No Centro, o problema começa na Avenida Galdino do Valle Filho, na altura do Casarão, antiga residência do médico e político que dá nome à avenida, e também em frente ao Clube de Xadrez. O mesmo acontece na Avenida Santos Dumont, altura do Colégio Modelo. Nesses locais, segundo os moradores, alguns postes estão com as lâmpadas queimadas, complicando o ir e vir dos pedestres pelas calçadas, especialmente na margem oposta ao Rio Bengalas.

Já em Amparo, Rejane Costa, moradora da Rua João Lamblet, no loteamento Tiradentes, destaca que postes da via que estão com lâmpadas queimadas: “Desde que a empresa que cuidava da manutenção saiu e a prefeitura tornou-se responsável pela troca, estamos com três postes sem iluminação. A rua está um verdadeiro breu. Já ligamos e pedimos o serviço, mas só ouvimos que não há previsão.Pago mensalmente, sem atraso, mais de R$ 20 de taxa de iluminação pública e infelizmente não vemos a prefeitura cumprir com o seu papel de substituir as lâmpadas queimadas”, desabafa.

O que diz a Prefeitura

A Prefeitura de Nova Friburgo informa que, para decidir pela compra ou aluguel do veículo, fez uma série de pesquisas e encontrou estimativas de outras prefeituras, inclusive, pagando valor de aluguel bem superior ao que foi cotado previamente para a cidade, que contempla dois caminhões e uma picape especialmente preparados para esta finalidade.

Vale destacar também que a compra de apenas um caminhão usado, do ano de 2015, dentro das especificações necessárias para atender o porte do município de Nova Friburgo está avaliada em torno de R$ 300 mil. Isso sem contar os custos com manutenção do veículo, combustível, seguro para o automóvel e terceiros, além de motorista. Sendo assim, a prefeitura optou pela locação, entendendo ser esta a forma mais econômica de atender a necessidade atual do município.

 

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