​Frizão vira jogo eletrizante e está a um empate do título da Copa Rio

Primeiros 45 minutos de partida tiveram quatro gols no Estádio Eduardo Guinle
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
por Vinicius Gastin
Decisão da taça da Copa Rio foca para o próximo sábado na Ilha do Governador (Foto: Divulgação)
Decisão da taça da Copa Rio foca para o próximo sábado na Ilha do Governador (Foto: Divulgação)

Todos os ingredientes de uma grande decisão. Tensão, nervosismo, bom público. Bobeadas, heróis e vilões, muitos gols e virada. É para quem tem coração! E o tricolor pulsou mais forte na tarde do último domingo, 16, no estádio Eduardo Guinle. A Portuguesa esteve duas vezes à frente do placar em Nova Friburgo, mas o Friburguense teve coragem, disposição e equilíbrio para buscar dois empates e, por fim, passar à frente no marcador. Vitinho, Ziquinha e o artilheiro Lohan foram os responsáveis por estufar as redes adversárias, construir o 3 a 2 e garantir a vantagem na decisão da Copa Rio.

Com a vitória na serra, basta ao Friburguense um empate no próximo sábado, 22, no estádio Luso-Brasileiro para levantar o título da competição e garantir a tão sonhada vaga na série D do Campeonato Brasileiro. A partida acontece às 15h45.

Tensão, emoção... e gols!

Decisão é tensão e atenção. Palavras de som praticamente idênticos, de significados distintos, mas que se misturam quando o jogo vale taça. E no primeiro tempo do duelo de 180 minutos, em Nova Friburgo, o Friburguense cochilou em dois momentos em menos de cinco minutos. No primeiro deles, a bola foi rolada em direção à grande área, atravessou na frente de Luiz Felipe e foi desviada por Alan, tocando a trave. Parecia um alerta, que o Tricolor da Serra não conseguiu entender. Aos três, Luiz Felipe tentou sair jogando, Pierre bobeou e Maicon Assis aproveitou para roubar, limpar o goleiro e tocar para o fundo das redes.

O Friburguense demorou um pouco, mas se refez do golpe e passou a articular melhor as jogadas no meio-campo. O time percebeu o baque do gol, e começou a entender melhor a ausência de Bidu, vetado instantes antes de a bola rolar por conta de uma lesão muscular. O primeiro bom lance surgiu quando Lucas aproveitou a bola rebatida e bateu da intermediária, obrigando Victor a fazer boa defesa. Na sequência, depois da cobrança do escanteio, um novo chute desviou na zaga e saiu à direita da meta.

A resposta veio em falta cobrada por Allan, e desta vez, foi Luiz Felipe quem trabalhou para evitar o segundo tento da Lusa. Na defesa e no ataque, o goleiro do Friburguense protagonizava alguns lances capitais. Aos 29, pediu para bater uma falta na entrada da grande área, sofrida por Lohan. E assim o fez, mas carimbou a barreira. Pouco depois, o Tricolor encaixou boa triangulação, mas Lohan foi travado no momento em que tentou rolar para o meio.

Na cobrança do escanteio, depois de bate-rebate, Vitinho acertou belíssimo chute rasteiro, no canto, para empatar aos 33 minutos. O Frizão era melhor no jogo, quando uma nova bobeada recolocou a Portuguesa em vantagem: Alan pressionou, roubou de Pierre e conseguiu vencer Luiz Felipe para marcar 2 a 1. O zagueiro teve a oportunidade da redenção logo depois, após cobrança de falta, mas o chute foi defendido por Victor. Eletrizante, o primeiro tempo do duelo ainda coroou o ídolo Ziquinha, com o gol de empate aos 40. E por muito pouco não consagrou Lohan, em bola cabeceada por cima da meta.

A marca do artilheiro

Sem o ritmo tão eletrizante, mas repleto de alternativas o segundo tempo parecia anunciar o nono gol de Lohan no campeonato. A jogada aconteceu na tabela entre Ziquinha e Lucas, que levantou com precisão. O camisa nove subiu e escorou por cima. Quando teve nova oportunidade, aos cinco minutos, ele não perdoou e mandou para o fundo das redes, virando o placar.

A intensidade do jogo fazia o torcedor suspirar, vibrar, prender o fôlego, gritar e silenciar. Tudo ao mesmo tempo. Se a Portuguesa ameaçou em cobrança de escanteio, o Friburguense respondeu em cabeçada perigosa de Sérgio Gomes, por cima do travessão.

Os espaços começaram a aparecer no meio-campo para o Tricolor da Serra. Quase sempre nos pés de Gleison o time comandado por Merica procurava encaixar as jogadas. Mas o último ato do camisa dez seria aos 22 minutos, quando, lesionado, deu lugar a Jefferson. Pouco depois, Ziquinha deixou o campo ovacionado pelos torcedores para a entrada de Jarles.

Se Luiz Felipe fez grande defesa de um lado, o Frizão, de fôlego renovado, encaixou contra ataque de outro. Eram três contra três, mas não houve a conclusão do lance. Com a posse de bola e velocidade, o Friburguense mantinha o jogo sob controle e buscava o quarto gol. Aos 40 minutos, Vitinho apareceu na grande área, recebeu de Pierre e bateu no canto para a defesa de Victor. Pouco depois, Jefferson tabelou com Jefinho e bateu cruzado. Jarles, já passando da bola, conseguiu desviar e, por muito pouco, não marcou. Se as redes não mais balançaram, ao menos a vantagem é está garantida.

Ficha Técnica
Friburguense 3 x 2 Portuguesa
Copa Rio 2016 - Final
Jogo de Ida
16/10/2016 - 16h

Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ
Renda: R$ 7.320
Público: 640 pagantes / 730 presentes
Árbitro: Maurício Machado Júnior
Assistentes: Carlos Henrique Filho e Thiago Magalhães

Friburguense: Luiz Felipe, Sérgio Gomes, Pierre, Diego Guerra, Ricardo; Rafael, Vitinho, Lucas e Gleison (Jefferson), Ziquinha (Jarles) e Lohan (Jefinho).
Técnico: Merica

Portuguesa: Victor; Diego Maia, Rodrigo Almeida, Pessanha, Belarmino, Índio, Victor Hugo (Lincoln), Maicon Assis, Paulo Ricardo (Fabinho), Romarinho e Allan (Hugo Andrade).
Técnico: Nelson Rodrigues

Foto da galeria
Homenagem a Bernardo Ribeiro antes de a bola rolar: momento de emoção com faixa e entrega de camisa autografada para a irmã do jogador
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS: Friburguense
Publicidade