Trinta e cinco segundos. Esse foi o tempo necessário para resolver o jogo da noite da última quarta-feira, 14, no estádio Eduardo Guinle. Depois do “apagão”, que atrasou o início do jogo em cerca de 15 minutos, o Friburguense entrou aceso em campo e marcou antes que os ponteiros pudessem completar a primeira volta no relógio. O gol de Lucas garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Boavista, e três pontos fundamentais na luta por uma vaga nas semifinais da Copa Rio.
Com um jogo a menos em relação a Madureira e São Gonçalo, dois dos principais concorrentes, o Tricolor da Serra soma agora sete pontos na tabela de classificação. Na próxima quarta-feira, 21, o Frizão viaja até o estádio Marrentão, em Xerém, onde enfrenta o Rio São Paulo, às 15h.
Frizão ligeirinho
Faltavam cerca de 20 minutos para o início de partida quando os refletores do estádio Eduardo Guinle se apagaram. As luzes se acenderam novamente nos vestiários e abaixo das arquibancadas, e demoraram um pouco mais para novamente recuperar a potência para voltar a iluminar o gramado na totalidade.
Acederam-se as luzes e rapidamente teve início o espetáculo, cerca de 15 minutos depois do horário previsto. E o protagonista foi uma das novidades de Merica na escalação: o garoto Lucas. Depois de tabelar na entrada da área, o meia arriscou e anotou o primeiro gol do Friburguense com apenas 35 segundos. Com a tranquilidade de ter a vantagem no marcador, o Tricolor da Serra teve posse de bola e controle nos primeiros instantes. A sequência de dois escanteios a favor do Boavista não foi capaz de levar perigo à meta de Afonso. As investidas pela esquerda de ataque também não surtiram o efeito desejado.
Ao contrário da tentativa de Ziquinha pela direita ofensiva friburguense, Léo levantou, Cadão desviou e a bola passou perto. Mantido entre os titulares, o lateral voltou a atuar como meia e foi opção nas bolas paradas. O Boavista, de fato, equilibrou as ações depois do tempo técnico, mas sem a devida efetividade no ataque. O lance mais perigoso foi a cabeçada de Willian Maranhão, à direita de Afonso aos 37 minutos. Não foi suficiente para tirar a vantagem do time de Nova Friburgo na primeira etapa.
Tricolor segura o resultado
Em ritmo menos acelerado, o segundo tempo teve início com algumas faltas e disputa por espaço. Aos poucos, o Friburguense tentou ter a posse de bola para tomar as rédeas da partida, enquanto o Boavista se arriscava um pouco mais em busca do primeiro gol. Nos contra ataques, o Tricolor da Serra buscava Lohan como referência e a velocidade de Ziquinha. Foi dele o cruzamento para o chute de Ricardo, sem a força necessária para vencer Gabriel. Pouco depois, Ziquinha fez o levantamento na direção de Lohan, que não chegou a tempo e acabou cometendo a falta na sequência do lance.
Pouco antes do tempo técnico, Afonso sentiu lesão e não mais voltou. Luiz Felipe, então, foi a primeira alteração do técnico Merica. Pouco depois, Jefinho foi a campo. O jogo ganhou em emoção, e a cada ataque do time de Saquarema o time de Nova Friburgo respondia. Aos 34, os visitantes reclamaram de pênalti, que não existiu e foi ignorado pelo árbitro. O Friburguense teve grande oportunidade com Jarles, que tentou o chute cruzado e errou o alvo.
Na base da disposição e aplicação, o Tricolor da Serra se resguardou na defesa para segurar as investidas do Boavista. Foram algumas, especialmente através da bola alta, todas elas afastadas pela zaga. Depois do apito final, a comemoração pela conquista de três pontos que consolidam o Frizão na disputa por uma vaga na fase final.
“Nós sabíamos da importância de uma vitória no jogo de hoje. Precisávamos pontuar de qualquer maneira, e em casa nós conseguimos. Agora voltamos à briga por uma vaga na próxima fase, e vamos buscar um bom resultado fora de casa”, resumiu o capitão Cadão, ainda na saída do campo de jogo.
Ficha Técnica
Friburguense 1 x 0 Boavista
Copa Rio 2016 - Primeira fase
5ª rodada
14/09/2016 - 19h30
Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ
Renda: R$ 1.090,00
Público: 105 pagantes / 141 presentes
Árbitro: Leandro de Lima e Silva
Assistentes: Ivan Araújo e Marcio de Queiróz
Friburguense: Afonso (Luiz Felipe); Sérgio Gomes, Cadão, Pierre e Ricardo; Bidu, Vitinho, Léo e Lucas (Jefinho); Ziquinha e Lohan (Jarles).
Técnico: Merica
Boavista: Gabriel; Tinguinha, Vítor, Anderson Luiz e Márcio; Thiaguinho Silva (Wallace), Márcio, Marco Antonio e Willian Maranhão (Victor Faísca); Muller (Wallace; depois Thiago Silva) e Luan.
Técnico: Régis Amarante
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