Frizão bate a Portuguesa, mas resultados impedem classificação

Com muita disposição e entrega de todos os jogadores, a equipe foi compacta, sobrou no duelo e bateu uma acuada Portuguesa
segunda-feira, 07 de março de 2016
por Vinicius Gastin
Caíque comemora o primeiro gol do Friburguense no Eduardo Guinle
Caíque comemora o primeiro gol do Friburguense no Eduardo Guinle

O Friburguense fez a parte dele em Nova Friburgo. Com muita disposição e entrega de todos os jogadores, a equipe foi compacta, sobrou no duelo e bateu uma acuada Portuguesa por 2 a 1 no estádio Eduardo Guinle. No entanto, os resultados da rodada não ajudaram, e o Tricolor da Serra, que somou 11 pontos, fica fora da Taça Guanabara. Agora, o Frizão disputará a Taça Rio, a segunda fase que reúne os não classificados e define rebaixados e finalistas: os dois últimos caem, enquanto os dois primeiros enfrentam o quinto e o sexto da Guanabara pelo título da Taça Rio. O Friburguense estreará contra o Tigres na nova fase, no próximo fim de semana — provavelmente no sábado, 12, em Nova Friburgo. 

Na sequência, em datas e locais ainda a serem confirmados, o time de Andreotti pegará o América, em casa; a Cabofriense fora; o Resende em Nova Friburgo; o Bonsucesso no Rio de Janeiro; o Macaé no Eduardo Guinle e, finalmente, a Portuguesa na Ilha do Governador em 17 de abril.

Susto e controle do jogo

O Friburguense entrou em campo com boa novidade e uma notícia não tão positiva. Caíque retornava ao time titular após a contusão, mas o capitão Cadão não conseguiu se recuperar a tempo. Pierre foi improvisado na zaga e Bidu continuou à frente da defesa. Mas as boas novas que o Tricolor da Serra tanto esperava não viriam de Nova Friburgo, e sim do Rio de Janeiro e Resende. Sem esquecer, obviamente, da partida no Eduardo Guinle, onde a Portuguesa também sustentava alguma esperança de avançar à Taça Guanabara. 

Logo na saída de bola, a Lusa mostrou que não estava para brincadeira: Allan recebeu nas costas de Ronaldo e carimbou a trave de Marcos. No rebote, o chute de Eberson desviou na zaga e passou por cima da meta. Desligado, o Friburguense demorou a “entrar no jogo”. Mas quando o fez, passou a controlar as ações e encurralou a Portuguesa no campo de defesa. Começou com as investidas de Ronaldo e Flavinho, e terminou com o erro na saída de bola carioca. Caíque recuperou, avançou e bateu com desvio. Luciano fez grande defesa, mas no rebote, o próprio Caíque escorou para as redes. 

Movimentando-se bastante, o camisa 11 tentou arrancar pela esquerda e fez o passe na direção de Rômulo, mas a defesa afastou. Pouco depois, Flavinho inverteu para Ronaldo pegar de primeira, sem deixar cair, com muito perigo. As chances se multiplicavam, e numa delas, Rômulo foi puxado ao tentar bater dentro da grande área. O árbitro, entretanto, entendeu como lance normal. 

Escolhido para a vaga do suspenso Vitinho, Damião fez a reestreia com a camisa do Friburguense. O volante, além do reforço na marcação, aparecia com frequência como opção no ataque. Jorge Luiz e Gleison completavam o trio de armadores, que eram parados com seguidas faltas cometidas pela Portuguesa. Em quase todas elas, o Tricolor apostou nos levantamentos à grande área. No entanto, a defesa Lusa levou vantagem e cortou as tentativas pelo alto. O Frizão finalizaria duas vezes antes do intervalo, com Jorge Luiz e Bidu, ambas por cima da meta.

Frizão vence, mas...

O Friburguense possuía pouco mais de 45 minutos para balançar as redes o máximo de vezes possível, e ainda torcer contra os rivais diretos. A equipe de Gerson Andreotti ocupou o campo de ataque, e Ronaldo e Flavinho atuavam praticamente como pontas. A Portuguesa, acuada, ameaçou na bola parada aos cinco minutos. Marcos teve reflexo para mandar a cabeçada para escanteio. Do mesmo modo, Luciano voou no ângulo para evitar o gol de Ronaldo, aos oito. Os goleiros se destacavam, e Marcos, novamente, fez milagre para evitar o tento de Allan. 

Aos 13 minutos, Flavinho tentou cruzar de perna direita, a bola passou por todo mundo e beijou o pé da trave esquerda antes de sair pela linha de fundo. O lance mais incrível, no entanto, aconteceu aos 18: Gleison aproveitou o erro na saída de bola e, cara a cara, tirou demais do goleiro. 

Caíque cansou, e Lohan teve a primeira oportunidade neste estadual. Do lado luso, Allan continuava incomodando e Marcos teve que trabalhar novamente aos 21. O goleiro só não pôde evitar o gol contra de Diego Guerra no minuto seguinte, o de empate da Portuguesa. O time visitante ameaçou crescer na partida, mas foi golpeado com a categoria de Rômulo, que recebeu na entrada da área e colocou no canto de Luciano aos 24.

Após bela trama entre Rômulo e Lohan, Jefinho bateu com perigo para fora. Pouco depois, Lohan escorou à direita, rente à trave. Flavinho acertou as redes, mas pelo lado de fora em cobrança de falta. Já aos 44, o Frizão marcou com Lohan, mas o bandeira anulou alegando impedimento. 
A impressão, contudo, é que o último desvio havia sido do jogador da Portuguesa. Rômulo ainda teve a última oportunidade, mas parou em Luciano. A entrega foi reconhecida pela torcida, e a equipe saiu de campo sob gritos de “time de guerreiros”.

Ficha Técnica

Friburguense 2x1 Portuguesa
Campeonato Estadual 2016
8ª rodada
06/03/2016 - 16h
Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ
Renda: R$ 4.980,00
Público: 442 pagantes / 532 presentes
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo
Assistentes: Wendel Gouvêa e Patrícia Silveira 

Friburguense: Marcos; Ronaldo, Pierre (Jefinho), Diego Guerra e Flavinho; Bidu, Damião (Zé Victor), Jorge Luiz e Gleison; Rômulo e Caíque (Lohan).
Técnico: Gerson Andreotti

Portuguesa: Luciano; Mariano, Pessanha, Daniel e Diego Maia; Silvano (Gil), Alex Carioca, Victor Hugo e Eberson (Romarinho); Allan (Bruno Andrade) e Rafael Paty.
Técnico: Marcelo Salles

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