Frizão bate o Macaé e segue vivo na briga contra a degola

Partida do Estádio Eduardo Guinle foi marcada por vibração em campo e nas arquibancadas
segunda-feira, 11 de abril de 2016
por Jornal A Voz da Serra
Gleison carimbou a trave e forçou Willian a fazer grande defesa: bons momentos em cobranças de falta na primeira etapa
Gleison carimbou a trave e forçou Willian a fazer grande defesa: bons momentos em cobranças de falta na primeira etapa

Vibração em campo e nas arquibancadas. O Friburguense dividiu cada bola, brigou por todos os espaços e teve na estrela do garoto Lohan, autor do gol, a eficiência necessária para vencer o Macaé por 1 a 0 no estádio Eduardo Guinle. A partida aconteceu na tarde do último sábado, 9, em Nova Friburgo. O Tricolor da Serra encarou um adversário forte, mas reagiu bem depois da goleada sofrida na rodada passada e, com muita vontade, conseguiu três pontos que o livram de forma momentânea da zona de rebaixamento. O Frizão agora é o sexto colocado, com seis pontos, um a mais que Bonsucesso e América.

O time comandado por Gérson Andreotti decidirá, de fato, a permanência na primeira divisão do futebol carioca no próximo sábado, 16, quando viaja para enfrentar a Portuguesa, às 15h15, no estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador.

Raça, Gleison e as faltas

Em jogo decisivo cada jogada merece ser disputada. E foi com esse espírito que o Friburguense entrou em campo no Eduardo Guinle. Alterações, de fato, apenas aquelas já esperadas: Bruno e Damião substituíram os suspensos Diego Guerra e Vitinho. Em busca da classificação para as semifinais da Taça Rio, o Macaé mostrou nos minutos iniciais que não viajou apenas passear em Nova Friburgo: aos quatro minutos, Rondinelly cobrou falta na entrada da área, e a bola passou perto do gol defendido por Marcos.

Mais perigosa foi a cobrança de Gleison no minuto seguinte, que tocou a trave de Willian Alves. O Macaé tentava manter a posse de bola, mas foi em um contra ataque que o time do Norte Fluminense criou boa chance: Jones recebeu na esquerda, cortou a marcação de Cadão, mas bateu fraco e facilitou a vida de Marcos.

Bastante pegado, o confronto apitado por Luis Antônio Silva Santos, o Índio, teve cartões amarelos para Bidu e Damião em menos de 15 minutos. Preocupado com os excessos de faltas duras, Andreotti sacou Damião – que também sentia lesão - e colocou Zé Vitor em campo.

Com a marcação encaixada e sem correr grandes riscos, o Friburguense provava deste mesmo veneno. Sem criatividade no meio-campo, a equipe não conseguia construir as jogadas para ameaçar o adversário. Sendo assim, foi preciso surgir uma nova falta na entrada da grande área aos 34 minutos.

Gleison cobrou no cantinho e Willian Alves chegou a tempo de evitar o tento com grande defesa. Numa nova investida, o Frizão roubou a bola na intermediária e Caíque avançou até arriscar a finalização. No entanto, sem força e grandes dificuldades para o goleiro alvianil. No melhor momento ofensivo do Tricolor na partida, Jefinho chegou a armar um voleio na grande área, mas acabou travado.

De fato, os lances que levantaram a torcida no primeiro tempo foram as divididas – algumas inclusive mais fortes. Em vez do grito de gol, os pedidos por cartão foram mais ouvidos no Eduardo Guinle.

Estrela de Lohan

Com Lohan na vaga de Jefinho, Andreotti liberou Caíque para se movimentar e ganhou um homem na grande área. E o destino reservaria um momento de glória para o garoto. O Friburguense começou o segundo tempo mais presente no campo ofensivo, e teve posse de bola nos instantes iniciais.

O que não mudou foi o cenário de divididas fortes, lances ríspidos e a distribuição dos cartões amarelos. Dieguinho foi o “premiado” aos seis minutos, após cometer falta dura em Sérgio Gomes. Desta forma, as oportunidades de levantar a bola na grande área surgiram. Aos nove, Jorge Luiz surpreendeu e arriscou direto para a defesa de Willian Alves. Aos 13, o maestro tricolor acertou a cabeça de Lohan na cobrança do escanteio, e o atacante complementou para abrir o placar em Nova Friburgo.

Na comemoração, Lohan correu em direção a Andreotti e disse “eu falei que iria fazer”. Houve muita vibração com os torcedores nas arquibancadas sociais, e em cada lance em campo a partir dali. Sem bola perdida, o Tricolor da Serra ocupava os espaços e passou a controlar as ações.

Logo depois do tempo técnico, o Macaé passou a se arriscar um pouco mais no ataque, apostando especialmente nos levantamentos à área de Marcos. A resposta veio em boa trama entre Gleison e Flavinho, que terminou no cruzamento e cabeceio de Caíque por cima. Mesmo destino da tentativa de Gedeilson, pouco depois, pelo lado visitante.

Restando dez minutos para terminar a partida, o Friburguense passou a valorizar a bola no campo ofensivo. A torcida respondia nas arquibancadas, consciente da importância daqueles três pontos. Sem correr grandes riscos, o Frizão se defendeu de maneira consistente e garantiu a vitória. A apreensão deu lugar ao clima de festa em Nova Friburgo.

Ficha Técnica

Friburguense 1 x 0 Macaé
Campeonato Carioca 2016 - Taça Rio
6ª rodada
09/04/2016 - 16h

Estádio Eduardo Guinle, Nova Friburgo - RJ
Renda: Houve troca de garrafas pet por ingressos
Público: 444 pagantes / 534 presentes

Árbitro: Luis Antônio Silva Santos
Assistentes: Carlos Henrique Filho e Daniel de Oliveira

Friburguense: Marcos; Sérgio Gomes, Cadão, Bruno e Flavinho; Bidu, Damião (Zé Victor), Jorge Luiz e Gleison (Bernardo); Jefinho (Lohan) e Caíque.
Técnico: Gérson Andreotti

Macaé: Willian Alves, Gedeilson, Kleber Viana, Luis Felipe, Dieguinho, Dos Santos (Fabinho Cambalhota), Fabrício Baiano, Marquinho, Rondinelly (Ebert), Jones e Bruno Luiz (Pipico).
Técnico: Tita

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