Friburguenses entre os 5 melhores do planeta no UFC

Edson Barboza é o número 4 no ranking atualizado dos leves, enquanto Moraes é o quinto entre os galos
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
por Vinicius Gastin

Nascidos em Nova Friburgo, alunos de Anderson França e destaques no mundo das artes marciais. Essas são apenas algumas semelhanças entre Edson Barboza e Marlon Moraes, representantes do município no UFC, a principal organização de lutas do planeta. Além desses, há outro aspecto que os une e merece ser exaltado: a condição de destaque nas respectivas categorias do Ultimate. Na última semana foi divulgado o ranking atualizado, trazendo os dois friburguenses entre os cinco melhores lutadores do mundo na atualidade.

Aos 31 anos de idade, Edson Barboza é o atual número quatro no ranking dos leves. Ou seja, o lutador manteve a posição com a derrota para Khabib Nurmagomedov. Mesmo com o revés, Barboza continua bem cotado, e deve ter o próximo compromisso anunciado em breve.

“Eu tirei uma semana de descanso depois da luta. Foi horrível, sinceramente, uma derrota muito dura. Eu estava com a cabeça boa, bem preparado. Não foi fácil. Uma coisa que consigo impor é o ritmo, o jogo, mas não consegui. Eu caí na teia dele, fiquei 15 minutos fazendo o jogo dele. Não consegui botar minha distância. Eu não consegui lutar. Dou todo o mérito a ele por ter me anulado, por não ter deixado eu colocar o meu jogo. Ele começou a luta caminhando pra frente, correndo na minha direção para evitar a trocação. Eu não consegui me soltar, me cansei ao fazer força”, avalia.

Edson venceu 19 das 24 lutas que fez como profissional, e até o duelo com Khabib, vinha de três vitórias seguidas, contra Anthony Pettis, Gilbert Melendez e Beneil Dariush. “A questão não é voltar ao fim da fila, continuo em quarto lugar, são só três na minha frente. Estou muito, muito, muito próximo. Se pararmos para pensar, devem ter 100 lutadores na minha categoria, estou na frente de quase todos, isso é o que me deixa motivado. Se a minha próxima luta for contra alguém ranqueado, vencendo, fico próximo”, acredita o lutador friburguense.

De volta aos treinamentos, o brasileiro mira entrar no octógono três vezes em 2018 e, se pudesse escolher, gostaria de retornar ao cage em março. “O Frankie (Edgar) vai lutar em março. A galera da academia está motivada para o camp. Março seria uma data legal, mais para o final. O melhor jeito de esquecer um tropeço é lutando o mais rápido possível e vencendo. Estou sem lesão, sofri só arranhões na luta. Não tomei nem remédio para dor de cabeça no dia seguinte”, conta.

Moraes no embalo

Na categoria dos galos, um friburguense começa a ganhar espaço e a figurar entre os candidatos a brigar pelo cinturão da organização. Com duas vitórias em três lutas, Marlon Moraes fechou 2017 em alta, sendo apontado pelo UFC como um dos melhores estreantes do ano e como um dos postulantes ao título da organização. De acordo com o ranking atualizado, Marlinho é o quinto colocado.

“Me vejo, hoje, como um lutador mais maduro, mais pronto, e capaz de lutar com os melhores. Foi legal ter sido indicado para o nocaute de 2017. O ano passado foi de aprendizado, e vejo 2018 como o meu ano de consolidação. Vou treinar muito, me preparar. Enfrentar meu próximo adversário, nocauteá-lo e seguir rumo ao cinturão - comentou Marlon, que pode ter o americano Jimmie Rivera como próximo adversário. É a luta que eu quero muito”, avalia.

Marlon Moraes resolveu sua última luta em apenas 67 segundos, com uma joelhada avassaladora. The Magic, como também é conhecido o lutador de Nova Friburgo, fez por onde justificar o apelido, e do seu vasto repertório retirou um dos tradicionais golpes do muay thai, sua especialidade, para conquistar sua segunda vitória no UFC, a primeira por nocaute. A vítima foi Aljamain Sterling, em Fresno, nos Estados Unidos, pela categoria peso galo da organização.

O golpe levantou o público presente, e rendeu ao lutador o bônus de "Performance da noite”. Além da segunda vitória consecutiva, o lutador de Nova Friburgo faturou o prêmio de US$ 50 mil (cerca de R$ 164 mil) pelo triunfo imponente. Marlon Moraes chegou ao UFC em junho de 2017 cercado de expectativas.

Com cinco anos e meio de invencibilidade e seis defesas de cinturão pelos galos no WSOF, o friburguense era apontado já como uma das forças do Ultimate. No entanto, a derrota por decisão dividida logo na estreia para o brasileiro Raphael Assunção foi, momentaneamente, um balde de água fria em suas pretensões. De acordo com ele, o revés contra o compatriota fez com que o foco fosse ainda maior para enfrentar John Dodson, em novembro.

“Fiquei aí uns seis meses só focado em luta, desde o combate contra o Raphael Assunção. Mesmo tendo um bom desempenho, acabei saindo derrotado. O UFC é muita pressão. Se o cara perde uma luta já fica naquela de ter que mostrar serviço, vencer. Fiquei muito focado para enfrentar o Dodson”, afirmou.

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