Friburguense perde no Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva

Supremo Tribunal Justiça Desportiva é último recurso por título da Copa Rio
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
por Vinicius Gastin
Polêmica envolvendo Diego Guerra deverá ter ainda o capítulo final no STJD
Polêmica envolvendo Diego Guerra deverá ter ainda o capítulo final no STJD

A esperança do Friburguense em confirmar o título da Copa Rio, conquistado dentro de campo e retirado nos tribunais, ainda não se concretizou. Na tarde da última quarta-feira, 14, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) julgou o recurso do Tricolor da Serra, que recorreu ao Pleno para reaver em primeira instância a decisão de dar o título da Copa Rio deste ano para a Portuguesa. No entanto, o segundo julgamento não teve final feliz, e o Tribunal manteve a punição ao Friburguense pela suposta escalação irregular de Diego Guerra, no primeiro confronto válido da decisão do torneio. Com isso, a Lusa segue como campeã do torneio. A multa inicial, de R$ 400, também foi mantida.

A decisão foi novamente unânime por parte dos auditores do Tribunal. Conforme publicado pelo próprio TJD, na homologação do resultado, e lido pelo relator, Dr. Márcio Luis Carvalho Amaral, “por unanimidade de votos, se conheceu do recurso e no mérito negou-lhe provimento para manter a decisão aplicada pela 4ª CDR”. Para o Friburguense, resta agora apenas a possibilidade de reverter o resultado com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O TJD-RJ entendeu que o Friburguense escalou o zagueiro Diego Guerra de forma irregular no primeiro jogo da decisão da Copa Rio, impugnando a conquista e automaticamente repassando o troféu para a Portuguesa. O Friburguense trabalha com a tese (que realmente consta no regulamento) de que o contrato é a própria inscrição. 

“Na verdade, não é só afirmar por conta de um jogo. Se ele estava irregular na primeira partida da decisão, então, estava o restante do campeonato também. E nós fazemos esse procedimento há 20 anos. É um caráter de interpretação”, defende o gerente de futebol do Friburguense, José Eduardo Siqueira.

Frizão avalia se vai recorrer

Siqueirinha, insatisfeito com o resultado em segunda instância, garante que vai estudar junto ao corpo jurídico do clube a possibilidade de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A última tentativa será possível apenas com a reabertura dos trabalhos do tribunal, após o recesso de fim de ano, na primeira semana de janeiro. De acordo com o dirigente, as duas instâncias iniciais trabalharam bastante a questão das datas, enquanto o argumento do Friburguense é fundamentalmente sustentado na inscrição.

“Nós vamos esperar a abertura dos trabalhos no STJD, em 5 de janeiro, para estudar se vamos recorrer e dar o próximo passo. Pode acontecer uma mudança estratégica. No TJD, eu deixei bem claro, através da nossa defesa, qual foi a intenção do Friburguense. O problema que vimos foi que os auditores trabalharam em cima de datas, como a da inscrição de 29 de agosto e a rescisão, dia 30. Tentamos mostrar que, por conta do Diego não ter saído do Bira, ele não ficou irregular em nenhum momento. Não há, de forma clara, uma data de inscrição, que passa a ser o próprio Bira.”

O dirigente também revelou a possibilidade de um segundo caminho a ser seguido pelo Tricolor da Serra, que seria explorar uma hipotética situação parecida, cometida pela Portuguesa. O fato novo, talvez, seja a aposta do clube para tentar mostrar que não houve irregularidade com o Diego Guerra.

“Existe a possibilidade de um atleta da Portuguesa estar em situação irregular. A gente entende que ele está certo, mas usando o que a Portuguesa disse contra o Diego, pode ser que o Tribunal entenda que ele estava irregular. Estamos à frente do clube há 20 anos e não passamos por isso. O regulamento deixa uma brecha para interpretação, e os advogados de defesa e acusação falam para definir a sentença. Não há um estudo sobre o caso”, concluiu.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
TAGS: Friburguense
Publicidade