Friburguense inicia trabalho em temporada de série B e Copa do Brasil

Time que joga a Copa do Brasil terá algumas mudanças na comparação com a Copa Rio
terça-feira, 03 de janeiro de 2017
por Vinicius Gastin
Friburguense inicia trabalho em temporada de série B e Copa do Brasil

O ano de 2017 promete para o Friburguense. Se o ano passado trouxe a mistura de sensações entre o amargo do rebaixamento e a alegria do título da Copa Rio — ainda na Justiça — esta temporada também reserva um misto de desafios distintos. Já em fevereiro, a oportunidade de voltar a participar de uma competição nacional abre a trajetória que terá o desafio de retornar à elite do futebol estadual. O coração tricolor pulsa forte desde esta terça-feira, 3, quando o elenco se reapresentou oficialmente para a realização da pré-temporada.

“Estamos retornando agora para esse primeiro desafio, que é a Copa do Brasil. É diferente do que era, com apenas um jogo, e eu entendo que todo time que joga em casa nessa primeira fase tem uma vantagem. O Oeste é um time da série B do Brasileiro e da primeira divisão de São Paulo, bastante respeitado, e possui uma estrutura bem diferente dentro do campeonato paulista. Mas eu entendo que as possibilidades de avançar aumentaram muito no Eduardo Guinle”, pondera o gerente de futebol José Siqueira.

De fato, alguns atletas já trabalham no clube desde o mês de dezembro. Aqueles que moram em Nova Friburgo mantiveram a forma depois do término da Copa Rio, e chegaram a realizar alguns amistosos contra Tigres do Brasil e Nova Iguaçu. A base está mantida com Afonso, Cadão, Bruno, Sergio Gomes, Ricardo, Bidu e Ziquinha. Gleison, Lucas, Jefferson e Jefinho também devem retornar para a temporada, e alguns jovens ganharão mais espaço. João Victor, Rafael, Rodrigo, Lucas Toledo e Matheus são alguns dos nomes que irão compor o elenco.

Por outro lado, o Tricolor da Serra terá algumas baixas importantes. O goleiro Luiz Felipe, o volante Vitinho e o atacante Lohan foram emprestados ao Resende para a disputa da série A do carioca. O trio possui contrato até maio, e por isso, não participa das primeiras fases da Copa do Brasil, caso o Frizão avance. A tendência é que eles retornem para a série B, mas uma boa participação pelo alvinegro do Vale do Aço pode resultar em novas propostas. Fato é que Pierre, acertado com o Luverdense-MT, e outros atletas como Léo e Diego Guerra não permanecem. Algumas contratações serão feitas, mas todas dentro da realidade financeira do clube. Pelo menos um zagueiro e um atacante de área devem chegar à Nova Friburgo.

“Temos alguns jogadores emprestados que não estarão com a gente nesse primeiro momento, e talvez até numa segunda fase. Os contratos de empréstimo vencem apenas em maio. Mas temos uma base boa. Fizemos alguns amistosos em dezembro, e mantivemos uma atividade com os jogadores que estavam em Nova Friburgo. Dentro do time titular da Copa Rio nós não teremos apenas Lohan e Vitinho, ou seja, apenas praticamente duas alterações. Provavelmente também faremos algumas contratações.”

Novos regulamentos

De volta às competições nacionais, o Friburguense receberá o Oeste, em jogo único no estádio Eduardo Guinle. A equipe possui o direito de jogar em casa por estar em posição inferior em relação ao rival no Ranking Nacional de Clubes (o Frizão ocupa a posição 207). No entanto, o Oeste terá a vantagem do empate. O jogo deve acontecer no dia 8 ou 15 de fevereiro. Caso consiga avançar, existe a possibilidade de repetir o confronto com o Internacional de Porto Alegre-RS, último adversário do Frizão em sua última participação no torneio, em 2005. 

O Friburguense está na chave 5 da competição, que além do Inter e do Oeste, conta com Princesa de Solimões, Guarani-CE, Náutico, São José-RS e Sampaio Correa-MA. O Rio de Janeiro conta com a participação de sete equipes: Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Volta Redonda, Friburguense e Boavista.

As principais novidades da Copa do Brasil para a edição de 2017 são as duas primeiras fases disputadas em jogo único, e os clubes campeões das Copas Verde e Nordeste entrando nas oitavas de final, e não mais na Sul-Americana. A primeira fase conta com 80 clubes, 70 das competições estaduais e dez pelo Ranking de Clubes da CBF. 

A segunda fase terá 40 clubes, afunilando até a quinta Fase (Oitavas de Final), 16 clubes, contendo os cinco clubes classificados na Quarta Fase; os sete clubes participantes da Taça Libertadores de 2017 (Palmeiras, Flamengo, Santos, Atlético-MG, Botafogo, Atlético-PR e Grêmio – Campeão da Copa do Brasil); o campeão da Copa Sul-Americana de 2016 (Chapecoense-SC) e os campeões de três competições da CBF em 2016: Copa do Nordeste, Copa Verde e Campeonato Brasileiro da Série B. O restante prossegue no sistema de mata-mata, já conhecido pelo torcedor.

Série B também “muda”

Principal desafio do Friburguense em 2017, a série B do Campeonato Carioca sofreu modificações. Pelo menos em sua nomenclatura, uma vez que, na prática, há poucas alterações. As principais mudanças para 2017 incluem datas, formatos e até uma nova divisão criada para a Série B, que terá início no mês de maio.

A segunda divisão do futebol carioca foi dividida em duas, séries B1 e B2, com acesso e descenso entre elas, com as duas competições acontecendo de forma paralela, entre maio e setembro. O módulo B1 será ocupado pelos clubes que disputaram a Série B de 2016, excluindo os rebaixados para a divisão inferior e incluindo os que desceram da Série A (casos de Friburguense e America).

Já o módulo B2 será composto pelas equipes que, em tese, estariam na Série C do Campeonato Carioca — as com situação regular e aptas a jogar, de acordo com os requerimentos da Federação - e as que foram rebaixadas na Série B de 2016. Duas equipes subirão e descerão em cada uma destas divisões, criando acesso e descenso.

Copa Rio será “mata-mata”

Até mesmo a Copa Rio, da qual o Friburguense é o atual campeão em campo, sofreu modificações. Em formato similar ao da Copa do Brasil, a competição será disputada em confrontos de mata-mata, entre a realização das séries B1 e B2, com as partidas realizadas nos meios de semana.

A composição do torneio prevê oito equipes da Série A, cinco da Série B (que estarão no Módulo B1 em 2017) e três da Série C (Módulo B2 na próxima temporada), fechando em 16 clubes a partir de oitavas de final. Por mais um ano, o campeão tem direito de escolha entre uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro ou Copa do Brasil, com o vice-campeão ocupando a vaga restante.

A Federação, responsável por homologar as mudanças, também garante que vai ajudar aos clubes financeiramente, através de subsídios da cota de televisão recebida pela Ferj da Série A do Campeonato Carioca. As medidas vão desde o refinanciamento de dívidas dos clubes de divisões inferiores até o pagamento de parte dos borderôs das partidas dos módulos B1 e B2 do Estadual.

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