Friburguense goleia o Goytacaz por 5 a 0 em estreia na Copa Rio

Melhor estreia impossível. Gols, bom futebol, vontade e uma promessa que começou a virar realidade
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
por Vinicius Gastin
Destaque da partida com dois gols, Lohan é só alegria durante os treinos: revelação assume a camisa nova na Copa Rio
Destaque da partida com dois gols, Lohan é só alegria durante os treinos: revelação assume a camisa nova na Copa Rio

Melhor estreia impossível. Gols, bom futebol, vontade e uma promessa que começou a virar realidade. A camisa nove voltou a ser decisiva em um jogo do Friburguense, que encontrou novamente a eficiência para materializar oportunidades em gols. Cenário perfeito para uma partida praticamente impecável. No placar, 5 a 0 para o Tricolor da Serra sobre o Goytacaz. Lohan, duas vezes, Sérgio Gomes, o jovem Ricardo e Bruno também marcaram na noite da última quarta-feira, 17, transformando o domínio em goleada. Um ótimo início, o primeiro de tantos passos para quem busca o recomeço a caminho dos objetivos.

O próximo desafio do Frizão será fora de casa contra o Resende, na próxima quarta-feira, 21. A partida será realizada às 15h, no Estádio do Trabalhador.

Frizão abre frente

O Friburguense versão segundo semestre apresentava novidades. A primeira delas no banco de reservas. Depois de cinco anos, lá não estava mais Gérson Andreotti, e sim Merica. De técnico da base a auxiliar, ele recebeu a chance de dirigir o profissional. E logo trouxe de sua equipe sub-20, vice-campeã do Torneio Otávio Pinto Guimarães (OPG), uma novidade na lateral esquerda: o jovem Ricardo, destaque durante o período de treinos. No mais, rostos conhecidos do torcedor tricolor, apenas reorganizados em termos de importância. 

Lohan, por exemplo, herdou a camisa nove. Na companhia dele o jovem Jefferson, agora titular, bem como Jefinho. Nomes que compuseram o elenco tricolor no estadual, e neste início de Copa Rio, ganharam espaço de maior destaque.

Do outro lado estava um remodelado Goytacaz. Se o Friburguense tentava manter a posse de bola e explorar a velocidade de Jefinho e Jefferson, a partir do toque refinado de Gleison, o time de Campos apostava na marcação forte e nas chances de contra-atacar. 

Os dois “Lohans”, tanto do Frizão quanto do Goyta, erraram o alvo nas primeiras tentativas. O primeiro de cabeça, e o segundo, em chute sem direção. Do mesmo modo, Gleison desperdiçou oportunidade na entrada da grande área. O camisa dez tricolor chamou a responsabilidade aos 24 minutos: depois de costurar dois marcadores, Gleison foi derrubado na grande área. 

Lohan cobrou com categoria, deslocou o goleiro e abriu o placar. Depois do tempo técnico, a tabela entre Ricardo e Jefferson terminou em chute rente ao travessão de Paulo Rubens. A equipe visitante abriu a retaguarda em busca do empate, e os espaços começaram a aparecer. Gleison, Jefinho e até mesmo Vitinho encontravam mais liberdade, mas sem construir grandes oportunidades até então. 

A chance apareceria aos 37, quando Jefinho arrancou, foi derrubado, mas deixou Lohan de cara com o goleiro. O árbitro, entretanto, não aplicou a lei da vantagem, e levou jogadores, Merica e a torcida ao delírio em Nova Friburgo. Ainda assim o lance foi perigoso, pois a cobrança de falta de Gleison obrigou Paulo Rubens a fazer ótima defesa. O destino tratou de fazer justiça: o próprio Gleison cobrou o escanteio, Sérgio Gomes subiu mais que a defesa e testou para o fundo das redes.

Vibração, gols e domínio

Se o Goytacaz pretendia algum tipo de reação levou um balde de água fria com apenas cinco minutos. E logo da revelação, a aposta da comissão técnica para o jogo de estreia: Ricardo tabelou com Jefinho e bateu forte, cruzado, para marcar o terceiro. Se Merica havia prometido um time com pegada forte, cumpriu-se a promessa em campo. 

Apesar da vantagem, o Tricolor da Serra manteve o ritmo, e desta forma, impediu o time de Campos até mesmo de se aproximar da grande área. Afonso trabalhou apenas em cruzamentos, interceptando praticamente todos com sucesso. O Friburguense, quando acelerou o jogo, conseguiu levar perigo. 

Em uma dessas jogadas, Vitinho aproveitou bola rebatida pela defesa e emendou de primeira para a boa defesa de Paulo Rubens. Aos 27, o golpe de misericórdia: Gleison cobrou escanteio, Bruno subiu e escorou. A bola ainda tocou a trave antes de entrar.

Em ritmo intenso, o Frizão estava à vontade em campo. Ainda teve tempo para a pintura de Lohan: um belo chute, no ângulo esquerdo, para marcar o quinto e levar a torcida ao delírio. Os pedidos por Ziquinha surgiram, mas foi o jovem João Victor quem foi a campo. Pouco depois, Lucas Cunha foi escolhido por Merica, e acabou protagonizando lance incrível: Gleison, Lohan e Lucas avançaram contra apenas um marcador e o goleiro. 

Já com Paulo Rubens vencido, Lucas carimbou o travessão. Afonso participou da festa, com bela defesa de mão trocada no ângulo esquerdo. Tudo foi motivo de festa no Eduardo Guinle. Goleada e bom futebol para começar a caminhada na Copa Rio.

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