O Friburguense lutou, fez uma belíssima campanha e manteve-se invicto desde o início da segunda fase até o jogo final. A invencibilidade, no entanto, caiu no momento em que não poderia: no estádio Nilton Santos, no último sábado, 28 de novembro, no Rio de Janeiro, onde nada aconteceu como o planejado pelo Tricolor da Serra. O Botafogo aproveitou o baque depois do terceiro gol, converteu quase todas as oportunidades e levou o título do Torneio Otávio Pinto Guimarães ao golear o Friburguense por 7 a 1.
O vice-campeonato, no entanto, reforça o trabalho feito pelo clube nas divisões de base do Friburguense. Muitos desses valores serão utilizados no time profissional, enquanto outros irão compor a equipe sub-20 que disputará o campeonato carioca de 2016.
Equilíbrio na etapa inicial
A necessidade do resultado e o fato de jogar em casa fizeram do Botafogo o time mais presente no campo de ataque nos primeiros minutos de partida. O Friburguense, com duas linhas de quatro bem definidas, bloqueava as ações alvinegras e esperava alguma oportunidade para chegar à meta adversária. Um chute sem direção de Lohan e a velocidade de Maycon não foram suficientes para levar perigo a Victor Hugo. Aos seis minutos, Leon teve que sair de soco para evitar a conclusão de Ribamar. No lance, Lucas levou a pior, mas depois do atendimento voltou a campo. A partir dos dez minutos, o Friburguense passou a ter mais a bola, e uma das trocas de passes terminou com a finalização de Jefferson, por cima da meta.
No entanto, a primeira chance clara seria do Botafogo: Ribamar recebeu em velocidade, bateu e Leon espalmou. Mauro tentou aproveitar o rebote, mas errou o alvo. Pouco depois, Leon voltou a aparecer para cortar o levantamento e colocar para escanteio. Na cobrança, Ribamar subiu mais que a defesa e tocou de cabeça para abrir o marcador no estádio Nilton Santos, aos 19. Nem deu tempo para o Botafogo festejar: no lance seguinte, Léo assinou uma verdadeira pintura em cobrança de falta, no ângulo, sem chances de defesa.
Depois do tempo técnico, a pressão do Botafogo diminuiu, mas as chances ainda apareciam. Leandro invadiu a área pela esquerda de ataque e bateu para a defesa de Leon. O Friburguense voltou a ameaçar aos 28 minutos, quando Jefferson levantou, Lohan escorou de cabeça e a bola saiu à esquerda da meta após desvio na zaga. A bola alta continuou a ser aposta para a equipe tricolor, mas em duas oportunidades o goleiro Victor Hugo apareceu bem para bloquear. Nem tanto quanto Leon, que foi decisivo novamente ao fazer bela defesa aos 34.
O camisa 1 do Friburguense foi traído pelo quique da bola aos 38, quando Rickson avançou com liberdade e arriscou da entrada da área para recolocar os cariocas novamente em vantagem. Antes do intervalo, o Botafogo teve boa oportunidade através de uma falta na entrada da grande área. Marcinho carimbou a barreira.
Frizão sente o terceiro gol
A opção por Felipe na vaga de Rafael sinalizava um Friburguense mais ofensivo no segundo tempo. No entanto, não houve tempo para uma avaliação: logo aos dois minutos, Paulo recebeu na grande área e tocou na saída de Leon para fazer 3 a 1. A tentativa de reação, através de falta cobrada por Léo, parou nas mãos de Victor Hugo. O técnico Merica tentou mais uma cartada direto do banco de reservas, ao promover a entrada de João Victor na vaga de João.
Pouco antes, a boa triangulação entre Lucas, Jefferson e Felipe terminou com o chute cruzado de Lucas, à esquerda. O Frizão tornou-se mais perigoso, e voltou a ameaçar em cabeçada de Lohan, que não teve a direção do gol. O Botafogo, na mesma intensidade, exigiu bela defesa de Leon quando Mauro finalizou, aos 12 minutos. Pouco depois, Marcinho costurou pela lateral e bateu cruzado. Por pouco Ribamar não alcançou.
Depois de segurar a pressão, o Friburguense voltou para o jogo, e Jefferson levou perigo em tentativa da entrada da área. Antes do tempo técnico, a arrancada de Paulo, que passou por três marcadores desde o meio-campo, não terminou em gol graças a defesa de Leon.
O Friburguense apostou todas as fichas nos 25 minutos finais. Lohan chegou a marcar de cabeça, mas o gol foi anulado pelo árbitro. De quebra, o camisa nove ainda levou o cartão amarelo. Aos 22, um lance inacreditável: Paulo recebeu na pequena área, livre, e errou o alvo. No lance seguinte, no entanto, a bela troca de passes do alvinegro terminou na cabeçada certeira de Ribamar. A tentativa final de Merica para tornar o Friburguense mais ofensivo foi a opção por Ramon na vaga de Junior.
Mas foi o Botafogo quem voltou a marcar aos 31 minutos: Leandro arrancou em velocidade, invadiu a área e tocou no canto de Leon. Pouco depois, Lima, que havia acabado de entrar, marcou novamente para o alvinegro carioca. O Friburguense não deixou de lutar, e o Botafogo tentava aproveitar os espaços que naturalmente começaram a aparecer. Lohan teve duas chances, uma com os pés e outra com a cabeça, mas o artilheiro tricolor não conseguiu marcar. Bucheca ainda marcaria novamente para dar números finais no Engenhão.
Ficha Técnica
Botafogo 7 x 1 Friburguense
Torneio Otávio Pinto Guimarães 2015
Final - Jogo de Volta
28/11/2015 - 14h30
Estádio Nilton Santos, Rio de Janeiro - RJ
Árbitro: Gabriel Rodrigues Seraine
Assistentes: Carine Belmont e Rachel de Mattos
Botafogo: Victor Hugo; Marcinho, Kanu, Marcelo e Yuri (Victor); Arruda, Rickson (Buchecha), Paulo e Leandro (Lima); Ribamar e Mauro.
Técnico: Maurício de Souza
Friburguense: Leon; Leo, Pierre, Junior (Ramon) e Lucas Toledo; Murillo, João (João Victor), Rafael (Felipe) e Jefferson; Lohan e Maycon.
Técnico: Merica
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