Fotos mostram que símbolos cristãos foram poupados pelo fogo

Cruz no alto do Teleférico e Gruta da Santa na encosta da Cristina Ziéde permaneceram intactas, apesar das queimadas
terça-feira, 17 de outubro de 2017
por Adriana Oliveira
Como um milagre: um gramado em torno da Cruz foi o que restou de verde (Foto: Antônio Varella)
Como um milagre: um gramado em torno da Cruz foi o que restou de verde (Foto: Antônio Varella)
Na sucessão de queimadas, possivelmente criminosas, que atinge Nova Friburgo desde quinta-feira, 12, dois detalhes chamam a atenção, sobretudo dos católicos. Em duas diferentes localidades do Centro da cidade, dois símbolos cristãos permaneceram intactos, apesar de as chamas terem chegado bem perto: a Cruz no alto do Morro do Teleférico e a  Gruta da Santa encravada na encosta do morro que margeia as ruas Augusto Spinelli e Cristina Ziéde.

"Parece um milagre: primeiro na enxurrada, e agora no incêndio"

Rita de Cássia, moradora

A Cruz cercada por uma pequeno gramado, ainda verde, como se fosse um altar em meio às cinzas que restaram no alto do Morro do Teleférico foi observada pelo servidor público, fotógrafo amador e montanhista Antônio Varella, que subiu o Morro do Teleférico no domingo, 15, um dia depois das 48 horas de incêndio que consumiram a vegetação local. O verde deu lugar a tons de preto, marrom e cinza. Além da Cruz, somente as árvores maiores, mais antigas, resistiram. A vegetação rasteira foi totalmente calcinada e só restaram gravetos. VEJA O QUE ELE ENCONTROU AQUI.

Já no morro da Augusto Spinelli e Cristina Ziéde, a preservação da santa (à direita na foto acima, de Adriana Oliveira) foi observada por moradores do Bairro Suíço, que têm vista para a montanha e encontraram a surpresa ao conferirem os estragos da queimada na manhã de domingo. “Fiquei impressionada, pois na tragédia de 2011 aconteceu a mesma coisa. O morro sofreu três deslizamentos de terra, mas a santinha não foi afetada. Parece um milagre: primeiro na enxurrada, e agora no incêndio”, disse, emocionada, a moradora Rita de Cássia Fernandes, 88 anos, moradora da Rua Nicolau Gachet.

 

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TAGS: Meio Ambiente | incêndio
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