Expectativa por melhor qualidade de vida amplia procura pelas artes marciais

Com a proximidade do verão, as academias de Nova Friburgo ampliam o movimento de forma considerável
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
por Vinicius Gastin
Equipe de Junior Santos é exemplo: pessoas de todas as idades procuram artes marciais
Equipe de Junior Santos é exemplo: pessoas de todas as idades procuram artes marciais

Com a proximidade do verão, as academias de Nova Friburgo ampliam o movimento de forma considerável. Algumas chegam a ter 60% de aumento do número de matriculados, e dentre as preferências, estão as artes marciais. Aos poucos, a equivocada relação entre luta e violência dá lugar à expectativa por uma melhor qualidade de vida, proporcionada pela disciplina e intensidade dos treinos.

Desta forma, profissionais de variadas áreas trocam o terno, a gravata ou o uniforme pelo kimono, e tornam-se alunos que fogem completamente do estereótipo de um lutador tradicional. “Após 30 anos de serviços prestados ao Corpo de Fuzileiros Navais eu me aposentei, mas senti a necessidade de cuidar bem do meu corpo e da minha mente. Decidi treinar o jiu-jítsu para melhorar a condição física e ter uma vida mais saudável. A resposta foi rápida”, garante Carlos Henrique Macedo, de 52 anos de idade.

O oficial da Marinha é aluno do mestre friburguense Junior Santos, faixa preta 4° grau, reconhecido pelas inúmeras conquistas na modalidade. O fisioterapeuta Ralph Gundling, 36, também enxergou no jiu-jítsu uma oportunidade para, inclusive, conhecer melhor o próprio corpo. “A modalidade proporciona ao praticante, assim como toda arte, adquirir algo além da simples mecânica. Une os benefícios e desafios de uma atividade física na busca por ultrapassar limites. Neste caminho, é possível descobrir a suavidade da técnica e aplicar em nossa própria vida pessoal”, atesta Ralph.

De fato, as artes marciais trazem boas consequências a todos os praticantes, independente da idade. Estudo da Universidade de Tel Aviv (Israel) mostrou que crianças que passaram a praticar esportes, inclusive artes marciais, apresentaram um maior autocontrole e disciplina, além de diminuir a agressividade. De acordo com os pesquisadores, os meninos mostraram os melhores resultados. Isso porque as artes marciais funcionariam melhor do que uma terapia convencional, que não diminuem as emoções negativas. Para os idosos, estudo da Universidade da Califórnia-EUA, comprovou que aqueles que praticam artes marciais têm maior qualidade de sono.

 A escolha da modalidade que melhor se encaixa na personalidade de cada indivíduo é pessoal, e depende do temperamento e condição física de cada um. Contudo, todas as lutas são bastante movimentadas e requerem preparo. Independentemente da arte, os praticantes obtém inúmeros benefícios estéticos e para a saúde do corpo.

“A arte do jiu jítsu disciplinou a minha mente e o meu físico em um momento crítico de minha vida. Até aí, o mesmo poderia ser dito de diversas artes marciais. Existe um aspecto diferenciador do jiu jítsu que, para mim, foi o elemento de atração, por ser uma amálgama da cultura oriental e brasileira. Ele consegue ensinar os valores nipônicos da disciplina e do respeito com suavidade e afeto”, relata o oficial de justiça, Fábio Pires, de 36 anos, faixa azul em jiu-jítsu.

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TAGS: artes marciais
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