Estradas inseguras

quarta-feira, 22 de março de 2017
por Jornal A Voz da Serra

A FEDERAÇÃO das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) concluiu estudo apontando que os roubos de cargas nas rodovias de todo o país custaram R$ 6,1 bilhões à economia brasileira entre 2011 e 2016, ou seja, um prejuízo médio de R$ 3,9 milhões por dia com as ocorrências que se concentram principalmente nos estados do Rio de Janeiro, que responde por 43,7% dos roubos, e de São Paulo, que fica com 44,1% das ocorrências. 

MAIS DE 80 entidades de classe e empresariais de todo o país assinaram a “Carta do Rio de Janeiro”, documento que marca o lançamento do Movimento Nacional Contra o Roubo de Cargas, liderado pelo Sistema Firjan. A iniciativa, apresentada pelo presidente da Federação, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, propõe ações coordenadas entre os três níveis de governo e setores-chave da sociedade, para combater o crime que causou prejuízos da ordem de R$ 6,1 bilhões nos últimos seis anos.

“A ESCALADA do roubo de cargas chegou a um nível insustentável e cifras vergonhosas. Com o aumento dos custos de frete, quem paga a conta não são apenas as empresas, mas também o consumidor. Além disso, o orçamento público é prejudicado com a menor arrecadação de impostos. Por isso, lançamos esse movimento nacional com soluções em benefício da sociedade e de quem produz”, afirmou Eduardo Eugenio.

O MAIS PREOCUPANTE para o setor produtivo brasileiro é que esse tipo de crime aumenta numa proporção assombrosa, saltando de 12 mil ocorrências em 2011 para mais de 22 mil no ano passado, um crescimento de 86% para uma economia que está em recessão há pelo menos dois anos. 

ENQUANTO OS governos estaduais e federal não se preocupam em garantir segurança nas estradas brasileiras, as transportadoras vão exigindo taxas extras nos casos de produtos com destino ao Rio de Janeiro e São Paulo, com muitas empresas ameaçando desistir, inclusive, de operar no Rio de Janeiro, onde a incidência do roubo de carga passa dos 50 casos por grupo de 100 mil habitantes. 

CASO PROVIDÊNCIAS não sejam tomadas, continuarão ocorrendo o encarecimento dos seguros, a cobrança de taxas extras pelas transportadoras e o repasse dos custos ao consumidor, o que acaba elevando ainda mais o custo-Brasil e dificultando a concorrência dos produtos brasileiros no mercado internacional. 

 

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