Conta de luz fica mais cara, apesar da bandeira verde

Taxa extra de R$ 3 a cada 100 kWh consumidos deixa de ser cobrada. No entanto, tarifa vai aumentar por causa do reajuste anual da Energisa
sexta-feira, 02 de junho de 2017
por Dayane Emrich
A sede da Energisa (Foto: Arquivo AVS)
A sede da Energisa (Foto: Arquivo AVS)

Começa a valer nesta quinta-feira,  1º de junho, a bandeira tarifária verde na conta de luz. A mudança representa um alívio no bolso dos consumidores, já que significa que não haverá cobrança extra na fatura. Por outro lado, ainda este mês, no dia 22, passa a vigorar um novo reajuste tarifário. Ou seja, os friburguenses não deverão sentir por muito tempo a queda no valor final da conta.

Com a mudança da bandeira, a cobrança extra de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora (kWh), prevista na bandeira vermelha (patamar 1), em vigor durante os dois últimos meses,  deixa de existir. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) "os fatores que contribuíram para o retorno da bandeira verde foram a maior afluência das vazões (devido as chuvas) que chegaram aos reservatórios das hidrelétricas em maio de 2017 e a perspectiva de redução do consumo de energia elétrica."

Sobre o reajuste anual, segundo a concessionária de energia elétrica Energisa, o novo valor tarifário na cidade está previsto para ser homologado em uma reunião da Aneel, que está marcada para o próximo dia 13. No ano passado o reajuste variou entre 6,69%, para consumidores residenciais, e 17%, para indústrias.

 

Bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a energia de hidrelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade.

A bandeira tarifária verde significa condições favoráveis de geração de energia e não gera custo extras ao consumidor. Na bandeira amarela são cobrados R$ 2,00 a cada 100 kWh gastos. Já na bandeira vermelha, patamar 1 e 2, são feitas cobranças extra de R$ 3 e R$ 3,50 para a cada 100 kWh, respectivamente.

Ainda de acordo com a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente da energia elétrica. A bandeira tarifária é uma forma diferente de apresentar um valor que já está na conta de energia, mas que geralmente passa despercebido.

“As bandeiras sinalizam, mês a mês, o custo de geração da energia elétrica que será cobrada dos consumidores. Não existe, portanto, um novo custo, mas um sinal de preço que sinaliza para o consumidor o custo real da geração no momento em que ele está consumindo a energia, dando a oportunidade de adaptar seu consumo, se assim desejar”, diz a agência.

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