Como ser sustentável sem ser um eco-chato

A coluna "Meu Bairro Sustentável" de Renata de Rivera
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
por Renata de Rivera
Como ser sustentável sem ser um eco-chato

É comum escutarmos de um grande número de pessoas que para ser sustentável deve-se abrir mão, quase que totalmente, daquilo que, às vezes, pode tornar nossa vida mais fácil e confortável. Nunca mais usar descartáveis, vender o carro e andar de bicicleta, não ter celular, abandonar as lareiras por conta da emissão de monóxido de carbono. Banho, então, no máximo quatro minutos.

Isso não é verdade, e assusta as pessoas.

A sustentabilidade é agradável e recompensadora. Exige apenas um pouco mais de dedicação de nossa parte. A verdade é que nós devemos, sim, mitigar nosso impacto no ambiente. Mitigar significa ser mais suave, menos intenso, ou seja, não é porque você utilizou descartáveis na festa de aniversário do seu filho que você não vai mais separar seus resíduos, descartar corretamente seu óleo, fechar a torneira, etc. O importante é desenvolvermos uma consciência de que onde podemos ser mais suaves, devemos sê-lo. Já chegamos ao cúmulo de alcançar um estágio em que não basta mais reciclar para resolver a questão dos resíduos, precisamos parar de produzir mais resíduos. Quando compramos uma determinada mercadoria ela vem embalada em isopor, dentro de um recipiente de plástico, tudo fechado em uma caixa de papelão, nós ainda pedimos para embrulhar com mais um papel colorido, colocar um laço, enfiar numa sacola. Parece uma loucura sabermos que, com exceção da mercadoria, todo restante vai para o lixo. Esses e outros modismos têm que ser revistos urgentemente.

Quando falamos sobre atitudes sustentáveis para as comunidades, como coleta seletiva, por exemplo, ouvimos invariavelmente a seguinte queixa: “Não posso, dá muito trabalho, não tenho tempo!”. O lixo que produzimos é de nossa responsabilidade. Seu descarte deve ser correto e caso seja colocado em lixeiras para ser encaminhado ao aterro sanitário, deverá permanecer intacto até seu recolhimento. Também deve-se levar em conta a dignidade do funcionário que irá efetuar a coleta, ou seja, será um ser humano que irá mexer em um lixo descartado de forma irracional, com resíduos podres, mal cheirosos, cortantes, com fezes de animais, etc.

Em suma, erramos quando queremos ser e exigir que todos se tornem instantaneamente seres impecáveis, vivendo idilicamente em perfeita harmonia com a natureza. Esta postura poderá durar tanto quanto a “dieta da sopa”, ou “serei fitness a partir de segunda”. Por outro lado, precisamos estar atentos quanto ao impacto que causamos ao meio, seja direta ou indiretamente, esclarecidos com relação aos nossos direitos, mas também dos nossos deveres!

O caminho é tomar consciência, diagnosticar, efetuar mudanças e adaptar-se. Um passo, bem estabelecido, de cada vez.

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TAGS: Meio Ambiente
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