Com surto no estado, Friburgo vacina contra sarampo

Todos os bebês de 6 meses a 1 ano devem tomar dose, oferecida em quatro postos de saúde do município
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
por Alerrandre Barros (alerrandre@avozdaserra.com.br)
Com surto no estado, Friburgo vacina contra sarampo

 

Todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo em todo o país a partir desta quinta-feira, 22, orienta o Ministério da Saúde. A ação preventiva é uma resposta ao aumento de casos da doença em alguns estados, entre eles, o Rio de Janeiro, que este ano registrou seis casos da doença, o que configura surto ativo, com crescimento no número de registros confirmados. 

Em Nova Friburgo, as doses da vacina estão disponíveis nos postos de saúde Sylvio Henrique Braune, no Suspiro; Waldir Costa, no distrito de Conselheiro Paulino; Tunney Kassuga, em Olaria; e o José Copertino Nogueira, em São Geraldo, sempre das 8h às 16h. A Secretaria Municipal de Saúde informou que há anos Nova Friburgo não registra casos da doença.

“Nós estamos preocupados com essa faixa etária porque em surtos anteriores foram as crianças menores de um ano que evoluíram para casos mais graves e óbitos. Por isso, é preciso que todas as crianças na faixa prioritária sejam imunizadas contra o vírus do sarampo, considerando a possibilidade de trânsito de pessoas doentes para regiões afetadas e não afetadas”, esclareceu o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira.

Na última terça-feira, 20, o governo federal divulgou novo boletim com os casos de sarampo. O Brasil registrou, nos últimos 90 dias, entre 19 de maio ao último dia 10, pelo menos 1.680 casos confirmados de sarampo, em 11 estados. São Paulo é o estado com a maioria dos casos: 1.662. O Rio de Janeiro registrou seis, nas cidades de Duque de Caxias, Paraty, São João de Meriti e na capital. Outros estados são Pernambuco (quatro casos), e um caso na Bahia, Paraná, Goiás, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe e Piauí. 

A vacinação preventiva iniciada nesta quinta-feira, 22, deve alcançar 1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de ‘dose zero’, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses. Para isso, o Ministério da Saúde irá enviar 1,6 milhão de doses a mais para os estados. O objetivo é intensificar a vacinação desse público-alvo, que é mais suscetível a casos graves e óbitos.

A chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a “dose zero” da vacina.

Neste ano, o Ministério da Saúde informou que já enviou para os estados 10,5 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. Esse quantitativo é para atender a vacinação de rotina, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, em todos os estados do país, bloqueio vacinal e para intensificar a vacinação de crianças de seis meses a menores de um ano. Desse total de vacinas, 71% foi enviado para o estado de São Paulo, que concentra 99% dos casos de sarampo no país. 

Doença altamente contagiosa

O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa, transmitida por via respiratória. Seu período de incubação, aquele em que a pessoa não apresenta sinais nem sintomas, é de cerca de dez dias. O período de transmissão é de quatro a seis dias antes do aparecimento das manchas vermelhas, e até quatro dias depois delas terem sumido. Após o diagnóstico, a vítima deve ficar isolada por pelo menos quatro dias, pois pode transmitir a doença para outras 18 pessoas, em média.

Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus mesmo antes do aparecimento das manchas vermelhas, o sintoma mais visível. No quadro clássico, o sarampo causa febre, tosse, coriza e conjuntivite, além das manchas vermelhas no corpo. Mas pode causar, ainda, otite e complicações mais graves, como pneumonia e manifestações neurológicas como encefalite. Segundo especialistas, não é uma simples virose, e a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção da doença.

 

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