Com atletas de Nova Friburgo, Brasil é vice no Mundial da Juventude de Bolão

Há anos o Nova Friburgo Country Clube, ao lado de equipes como a da SEF, representam e divulgam Friburgo nas mais variadas competições de bolão
quarta-feira, 07 de setembro de 2016
por Vinicius Gastin
Equipe brasileira que participou do Mundial: segunda colocação no quadro de medalhas (Foto: Divulgação)
Equipe brasileira que participou do Mundial: segunda colocação no quadro de medalhas (Foto: Divulgação)

Há anos o Nova Friburgo Country Clube, ao lado de equipes como a da Sociedade Esportiva Friburguense, representam e divulgam Nova Friburgo nas mais variadas competições de bolão. A cidade, de fato, passou a conhecer, acompanhar e torcer por essa modalidade graças ao sucesso de seus atletas. O destaque a nível nacional e mundial fez com que os olhares se voltassem para o município, e logo muitos bolonistas do Country Clube passaram a vestir a camisa da Seleção Brasileira.

Durante o Mundial da Juventude, disputado entre os dias 21 e 28 de agosto, na cidade de Eupen, na Bélgica, Paty Bade, Patrícia Bade, Ana Luiza Bade, Artur Miller Ieker, Noriê Miller Ieker e Leonardo ajudaram a equipe nacional a conquistar o vice-campeonato nas categorias Juvenil e Júnior. A disputa reuniu, além do Brasil, Alemanha, França, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. Destaque também para as participações de Silvio Krauze, como comandante da delegação brasileira, e Otto Peter Sumo.

Na categoria Juvenil, a Alemanha faturou o ouro, com 332 pontos, enquanto o Brasil totalizou 237. Luxemburgo, França e Holanda completam a classificação. Na Junior, a Alemanha também levou o título com 298 pontos, 91 a mais que o Brasil. O bronze ficou com a Bélgica, com França e Holanda na quarta e quinta colocações, respectivamente. O quadro contabilizado por atleta rendeu um total de 26 medalhas à delegação brasileira, sendo cinco de ouro, seis de prata e 16 de bronze.

Dentre os atletas do Nova Friburgo Country Clube, destaque para os dois ouros de Paty; o ouro, a prata e o bronze de Ana Luiza e os bronzes de Noriê e Artur. Dentre os outros integrantes da delegação brasileira, Phani levou um ouro, uma prata e um bronze; Paula, uma prata e um bronze; Matheus foi medalha de ouro; Fernanda levou duas pratas, enquanto Gustavo Schulz e Elisandra faturaram dois bronzes cada. Farinha, Ana Flavia, Cindy, Kathy, André, Vini e Lucas Dilkin trouxeram um bronze cada para o Brasil. 

No Juvenil (Sub-18), as duplas femininas foram formadas por Elisandra e Ana Flávia e Phani e Fernanda; as duplas masculinas e André e Gustavo Zimmermann – Artur e Farinha e as duplas mistas por Paula e Gustavo Schultz e Phani e Farinha. O Team doppel Feminino foi composto por Elisandra e Ana Flávia – Fernanda e Paula, enquanto o masculino teve André e Gustavo Zimmermann e Artur e Gustavo Schultz. O Team doppel Misto foi formado por Elisandra e André e Paula e Gustavo Schultz. No individual, Fernanda e Phani representaram as mulheres e Artur e Farinha os homens.

Na categoria Júnior (sub-24) as duplas femininas foram formadas por Norie e Kathy e Paty e Ana Luiza, enquanto as masculinas foram compostas por Vini e Lucas Dilkin e Bruno e Matheus. As mistas tiveram Leo e Ciny e Matheus e Paty. O Team doppel Feminino teve Norie e Kathy e Cindy e Ana Luiza, enquanto o masculino foi formado por Lucas Dilkin e Vini e Leo e Bruno. O Team doppel Misto teve Kathy e Lucas Dilkin e Cindy e Leo em sua composição. No individual, Ana Luiza e Paty estiveram à frente do feminino, e Bruno e Matheus do masculino.

Saiba mais sobre o Bolão

Herança das colonizações suíça e alemã, o bolão ganhou as pistas do Nova Friburgo Country Clube e da Sociedade Esportiva Friburguense ainda na década de 50, sendo praticada e eternizada pelas gerações subsequentes. A história do esporte no Brasil pode ser dividida em antes e depois de 1995. Naquele ano, o atleta paulista Rogério Arc conquistou a medalha de ouro em um campeonato mundial. No ano seguinte, o terceiro lugar na categoria juvenil e a quarta colocação no feminino, através de Juliana e Adriana, de Curitiba, consolidaram o país no cenário internacional e proporcionaram um novo olhar sobre a modalidade.

Apesar de amador, o bolão é organizado e exige uma dedicação profissional. Os atletas utilizam outras modalidades, como caminhada, natação e corrida, para manter a forma e desenvolver resistência. O desgaste durante o campeonato é grande: os jogadores chegam a arremessar 40 bolas em competições nacionais, divididas em dez jogadas por cada pista. No mundial, são 120 arremessos por atleta, sendo cinco de aquecimento por pista (totalizando 140 bolas). O desgaste, tanto físico como mental, é alto. Exige muita preparação e concentração, mas não proporciona o ganho físico. O atleta geralmente precisa desenvolver outra atividade para suportar a exigência de uma partida de bolão.

A estrutura de pistas e equipamentos exige um alto investimento, reforçado pelos custos elevados de manutenção. O fato atrapalha a popularização do bolão, mas não impede Nova Friburgo de ser uma das poucas no Brasil a ter duas pistas em condições de receber eventos oficiais. A Federação do Estado do Rio de Janeiro conta com alguns clubes filiados, dentre eles o Nova Friburgo Country Clube. Ao todo, são cinco federações — Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul —, pertencentes a uma Confederação dividida em bocha e bolão (o boliche já possui uma confederação própria).

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