Chegada do 1º caminhão de gasolina provoca corrida a posto em Olaria

Filas extensas se formam rapidamente, causando retenções até além do Paissandu
terça-feira, 29 de maio de 2018
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)

Os friburguenses prejudicados pela greve nacional dos caminhoneiros, que parece finalmente chegar a um desfecho, acordaram nesta terça-feira, 29, com uma boa notícia: o primeiro caminhão-tanque abasteceu um dos postos da cidade, de bandeira Shell. Todos os demais continuam, por enquanto, zerados. A VOZ DA SERRA percorreu todo o trajeto Bairro Ypu até Conselheiro e só encontrou postos fechados, com as bombas isoladas por cones.

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A notícia rapidamente se espalhou pelas redes sociais e, em poucos minutos, filas imensas se formaram nos arredores do posto, o São José, no trajeto Centro-Olaria. Às 8h da manhã, as filas chegavam ao Country Clube; às 10h, ao Paissandu, já causando congestionamentos na Avenida Galdino do Valle Filho, na altura da Igreja Luterana.

Dentro do posto, mais filas, formadas por pessoas a pé, munidas de galões de plástico para abastecer (fotos). Não havia etanol nem diesel, mas apenas gasolina, comum e aditivada. A comum estava a R$ 4,999 o litro e a aditivada, a R$ 5,15. A venda era limitada a R$ 150 por pessoa, o que dava cerca de 30 litros.

Outros caminhões-tanque são esperados na cidade ao longo do dia. Todos estão sendo escoltados pelo 11º BPM.

Venda em garrafa pet é proibida

Embora não fosse o caso de todas as pessoas que foram buscar gasolina no posto de Olaria, vale lembrar que a venda de combustíveis de forma avulsa, em garrafas pet, é proibida em postos de todo o país. Resolução da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em vigor desde novembro de 2013, determina que a venda de combustíveis fora do tanque de consumo dos veículos automotores só é permitida em recipientes certificados.

Em caso de pane seca, o combustível automotivo pode ser transportado em vasilhames fabricados para este fim, em plástico rígido, devidamente certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), segundo as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Mas atenção: esse tranporte deve ser feito a pé, entre a bomba e o tanque do veículo. O transporte de galões de combustível em carros e motos é proibido. O artigo 3 da resolução nº 26 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) proíbe o transporte de produtos considerados perigosos, caso da gasolina, enquadrada na classe de risco 3 (líquido inflamável). Para fazer esse tipo de transporte, o motorista deve ser treinado e capacitado.

Já o armazenamento de galões de combustíveis, mesmo em vasilhames adequados, é crime ambiental.

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