Câmara prorroga por mais 30 dias conclusão da CPI da Saúde

Comissão ouviu 27 pessoas e investiga supostas irregularidades em contratos firmados pela prefeitura para o Hospital Raul Sertã
quarta-feira, 22 de maio de 2019
por Alerrandre Barros (alerrandre@avozdaserra.com.br)
Contratos que estão sob investigação da CPI da Saúde (Arquivo AVS)
Contratos que estão sob investigação da CPI da Saúde (Arquivo AVS)

A Câmara Municipal de Nova Friburgo prorrogou nesta terça-feira, 21, por mais 30 dias, o prazo para conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades em contratos emergenciais de fornecimento de alimentação para os funcionários, pacientes e acompanhantes do Hospital Municipal Raul Sertã firmados entre a prefeitura e a empresa Global Trade Indústria de Alimentação.

Pelo tempo regimental, uma CPI deve ter duração de 150 dias, prorrogáveis, caso seja necessário. Antes de encerrar os depoimentos, os membros da comissão tinham considerado manter o prazo final para conclusão do relatório em 17 de junho, mas pediram mais 30 dias concluir os trabalhos. A solicitação foi atendida por todos os 20 vereadores que estavam presentes na sessão da última terça-feira, 21.

Deste modo, a comissão tem até o dia 17 de julho para analisar provas e o conteúdo dos depoimentos colhidos. Em entrevista a A VOZ DA SERRA no último dia 18, o presidente da CPI, vereador Johnny Maycon (PRB) disse que foram ouvidas 27 pessoas, entre elas nutricionistas e ex-nutricionistas do Hospital Municipal Raul Sertã, servidores das secretarias de Saúde, da Controladoria Geral da prefeitura e da unidade de saúde, funcionários e ex-funcionários da empresa Global Trade e o ex-secretário de Saúde, Christiano Huguenin, e a atual gestora da pasta, Tânia Trilha.

O último depoimento prestado foi do proprietário da empresa Nutryenerge, que prestou serviço de alimentação no Hospital Municipal Raul Sertã antes da empresa Global assumir o contrato. Segundo Johnny Maycon, o comparecimento de um representante da empresa que geriu o serviço em um contrato anterior e que também participou da cotação para o contrato emergencial talvez tenha sido um dos mais importantes.

“Esse depoimento foi crucial para compreendermos como a Global assumiu o serviço de alimentação do hospital, agora vamos detalhar o passo a passo da contratação”, afirma o parlamentar. Avaliando o andamento dos trabalhos até o momento, o presidente da CPI considera que tanto a etapa de levantamento de documentações, diligências e  depoimentos foram muito produtivas.

“Não conseguimos notificar algumas pessoas para comparecer à Câmara e testemunhar, mas as principais foram ouvidas. Infelizmente a opção do proprietário da Global de permanecer em silêncio durante o depoimento foi o que nos trouxe mais dificuldades, mas já conseguimos consolidar uma boa base de investigação. Estamos analisando todos os processos e o quebra-cabeças está encaixando muito bem”, disse Johnny Maycon no último dia 18.

 

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