Augusto Spinelli: uma rua que homenageia um grande friburguense

Empreendedor, era um apaixonado por automóveis e foi um dos primeiros motoristas da cidade
sábado, 14 de abril de 2018
por Ana Borges (ana.borges@avozdaserra.com.br)
A placa da rua (Fotos: Leo Arturius)
A placa da rua (Fotos: Leo Arturius)

* 24 de janeiro de 1892 + 1º de agosto de 1949

Um empreendedor nato, tido como uma pessoa arrojada e confiante. Talvez essa natureza tenha sido a principal motivadora de tantos projetos desenvolvidos em vários cantos de Nova Friburgo. Conhecido como “o dínamo impulsionador do progresso de Nova Friburgo”, Augusto Luiz Spinelli fundou a Organizações Spinelli, com a finalidade de unir os irmãos, filhos do casal Luiz e Marieta, em torno de um objetivo comum, qual seja, criar empresas. Tais como a Granja Spinelli, a Cia. Construtora Nova Friburgo - responsável pela construção do Edifício Spinelli e de diversos prédios espalhados pela cidade - e a Sociedade Anônima Auto Friburguense, uma das primeiras agências do sistema Ford, no interior.

Foi um dos fundadores da Empresa Telefônica de Nova Friburgo e, por sua iniciativa, surgiu a Transportadora Spinelli Ltda, que apesar de todo o seu empenho, não prosperou como ele esperava. Tentando unificá-los, criou as Empresas Reunidas Spinelli S/A, mais tarde transformada em Spinelli S/A.

Apaixonado por automóveis, foi um dos primeiros motoristas da cidade. Em 1925 chegou a organizar uma caravana de automóveis para ir de Nova Friburgo à capital do país, por Ubá-MG, para mostrar ao governador Feliciano Sodré a necessidade de uma ligação entre Nova Friburgo e Niterói. Graças à sua tenacidade conseguiu a ligação Nova Friburgo-Teresópolis, que resolveu provisoriamente a comunicação de Nova Friburgo com o Rio de Janeiro.

Em seu idealismo sem limites, era um defensor ferrenho e incondicional de Nova Friburgo. Para tanto, procurava dar sua contribuição a todas as sociedades filantrópicas, associações e entidades. Quando se cogitou da possibilidade de fundar um hospital de tuberculosos no então Hotel Cascata (atual campus da Uerj), liderou uma campanha vitoriosa pela vinda da Fundação Getúlio Vargas.

Foi presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) e, apesar de avesso à política, acabou aceitando ser vereador, tendo chegado, inclusive, a presidência da Câmara. Morreu em consequência de um acidente dirigindo seu próprio carro, em Alcântara, bairro de São Gonçalo. Chegou a ser submetido a delicada cirurgia, mas depois de lutar por dois meses contra uma broncopneumonia acabou não resistindo aos ferimentos.

 

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