EMBORA SEM explicitar claramente as suas primeiras ações na Prefeitura a partir de 1º de janeiro de 2017, o prefeito eleito Renato Bravo sabe que um dos principais problemas — se não o maior — em sua gestão será a saúde. Capenga, sem infraestrutura que atenue o drama da população e com um quadro insuficiente de funcionários, a saúde é o setor mais criticado pelos eleitores e que precisa, portanto, de uma resposta rápida e eficaz.
UM DOS bairros mais afetados com a falta de atendimento é Olaria, que, juntamente com outros bairros próximos, até hoje vive o drama do atendimento ineficiente, deixando a estimada população daquela região de 70 mil habitantes dependente de socorro médico do Hospital Raul Sertã, no Centro, e da UPA, em Conselheiro Paulino, bem distantes de suas residências.
É SABIDO POR todos os friburguenses as dificuldades enfrentadas pela saúde pública do município, numa eterna luta em busca de verbas para suprir as necessidades da rede de atendimento à população, agravada ainda pela permanente carência de profissionais para o seu quadro funcional. Nesta luta quase inglória, os anos vão se sucedendo sem que os administradores consigam minimizar estes problemas, embora reconheçamos o valor e as intenções dos diversos secretários que por lá passaram.
A CENTRALIZAÇÃO do atendimento da população do centro da cidade no Raul Sertã tem provocado uma série de inconvenientes, diferentemente de Conselheiro Paulino, que conta com uma UPA. O hospital está permanentemente cheio, com dificuldades na marcação de consultas, aliada à ausência de mobilidade urbana para a locomoção capaz de agilizar a vinda de pacientes às suas instalações.
O CRESCIMENTO populacional da cidade obriga o governo a tomar providências no sentido de alocar serviços junto aos bairros evitando assim a saturação do hospital, permitindo aos moradores um acesso mais rápido e facilitado próximo às suas residências. Mas isto não está acontecendo, como estamos assistindo até agora.
A POPULAÇÃO quer mais facilidades e o bairro de Olaria carece de serviços públicos que respondam a estas necessidades. A instalação de uma unidade de saúde abrangente seria bem vinda para todos os moradores. Em vez de concentrar os serviços no Raul Sertã, melhor seria adotar uma política descentralizadora, atendendo, assim a comunidade com mais qualidade e conforto. Cabe ao futuro governo dar uma resposta convincente a esta incompreensível e estranha inércia. Com a palavra, o prefeito eleito.
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