Alunos do Colégio Canadá começam a ter aulas teóricas de direção

Matriculados poderão concorrer a curso com aulas práticas gratuitas na Escola Pública de Trânsito do Detran, no Rio
terça-feira, 19 de junho de 2018
por Alerrandre Barros (alerrandre@avozdaserra.com.br)
Alunos recebem material didático e poderão concorrer a curso com aulas práticas gratuitas (Foto: Detran/RJ)
Alunos recebem material didático e poderão concorrer a curso com aulas práticas gratuitas (Foto: Detran/RJ)

Começou na última sexta-feira, 15, as aulas teóricas de direção no Colégio Estadual Canadá, em Olaria, oferecidas pelo projeto “Detran nas escolas”. Ao todo, 25 alunos do 2º ano do ensino médio foram matriculados no curso, que vai capacitar os jovens para a prova teórica da Carteira Nacional Nacional (CNH) ao completarem 18 anos.

"O primeiro contato com os alunos foi muito interessante. É uma turma muito dinâmica. Este curso é muito importante para educar. A maioria das imprudências no trânsito acontece por falta de conhecimento. A educação é uma saída para diminuir os acidentes", declarou a professora e examinadora do Detran, Valesca Roberta Mendes Cordeiro.

Com idades entre 16 e 20 anos, os alunos receberam material didático e têm aulas no contraturno, sempre às sextas-feiras, das 14h às 15h40. No primeiro encontro no Canadá, a professora pediu aos alunos para indicarem um lugar em Nova Friburgo que tem sinalização precária ou que precisa de sinais de trânsito.

"Depois que eles mapearem os locais, vamos levar as propostas para a Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu)", contou a Valesca.

De acordo com o Detran, o conteúdo didático do curso é maior do que o oferecido pelas autoescolas, e com a carga horária duplicada. Enquanto os alunos daqueles estabelecimentos são obrigados a assistir a 45 horas de lições teóricas, os das escolas estaduais terão 90.

No fim do curso, o Detran vai avaliar as escolas e 250 alunos das 10 mais bem ranqueadas ganharão o direito de fazer as aulas práticas de graça na Escola Pública de Trânsito do Detran (localizada na Lapa, no Centro do Rio). Com o curso concluído, o aluno vai economizar cerca de R$ 1.950, se fosse tirar a carteira para carro em uma autoescola, por exemplo.

Por ano letivo, 1.150 estudantes de 46 escolas estaduais serão beneficiados pela parceria do Detran com a Secretaria Estadual de Educação. Na região, somente unidades de Friburgo, Petrópolis e Cachoeiras de Macacu participam da iniciativa. Em Petrópolis, a direção do Colégio Estadual Pedro I precisou fazer uma seleção entre os alunos devido à grande procura.

“É uma oportunidade única para os alunos. A receptividade foi ótima. Foi bastante difícil escolher os alunos. Temos mais de 200 alunos na segunda série do Ensino Médio. Quando apresentamos o projeto, a procura foi grande e tivemos que ter um critério. Usamos o desempenho acadêmico para fazer a seleção”, destacou a diretora Andréa Nunes.
A aula semanal em Petrópolis acontece às quintas-feiras à tarde. Aluna do segundo ano médio Arthur Wilbert quer aproveitar as aulas para ir além de retirar sua primeira carteira de motorista.

“Ultimamente estamos vivendo tempos que as pessoas não estão respeitando as regras do trânsito. Esse curso serve para educar. E ele vai bem além de ter a carteira de motorista. Ele vai ajudar a formar pessoas melhores no trânsito de uma maneira geral”, destacou o aluno.

Segundo o vice-presidente do Detran, André Mônica, o objetivo do Detran com o projeto nas escolas vai além das aulas teóricas. “Queremos formar os cidadãos para que eles tenham boa conduta no trânsito. Só com a educação no trânsito é que vamos conseguir diminuir o número de acidentes”, disse.

Pioneiro no país, o “Detran nas escolas” foi implantado por meio de uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CNT), que prevê que a rede pública de ensino ofereça aulas extracurriculares em que o conteúdo ensinado é o mesmo oferecido pelas autoescolas.

“O projeto tem tudo para expandido para outros estados. É uma oportunidade única para os alunos da rede pública obterem sua primeira carteira de habilitação”, acrescentou André Mônica.

 

 

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