Dois séculos para muito além... Viva os 200 anos no dia a dia da cidade!

terça-feira, 22 de maio de 2018

Mamãe dizia que “o melhor da festa é esperar por ela”. Não deixa de ser verdade, pois a expectativa dos preparativos é algo sem igual. Contudo, em nossa festa dos 200 anos todas as etapas são deliciosas. Depois do desfile temático, relembrar os fatos, rever fotos, comentar as apresentações tem sido a coqueluche do momento. E o Caderno Z, depois da monumental edição de 16 de maio, vem nos brindar com tantas recordações bonitas. É curtir e guardar para a posteridade.

Realmente, a festa não acabou. Muito há para se festejar e, até que tenhamos percorrido os dois séculos, tudo será legado se dermos passos firmes pautados no amor e na glorificação de nossa cidade. Ir adiante requer conhecimento, segurança, sustentabilidade. A Associação Comercial (Acianf), por exemplo, colaborando com o futuro promissor que nós esperamos, nesta terça-feira, 22, promove a “Feira da Inovação”, desenvolvendo temas como inteligência artificial, moedas digitais, avanço da robótica, novidades que prometem uma revolução até 2020. Bem próximo, não é, pessoal? Nessa modernidade toda, em “Sobre Rodas”, o professor Márcio Madeira nos apresenta “O futuro dos capacetes – parte 2”, com explicações ao alcance de todos, na modernidade desse equipamento indispensável.

Em entrevista, Guilherme Alt conversa com o cantor Israel Lacerda, que mudou do pagode para o sertanejo. O cantor aprendeu com seu professor que o papel da musica deve se cumprir, pois “se for pra te fazer chorar, que te faça chorar...”. Mas, “se for para te fazer sorrir, que te faça sorrir...”. A música tem esse dom de fazer o quiser com nossos sentimentos, de nos levar para o riso ou para o choro, conforme a situação.

Bela iniciativa a de recuperação do chafariz do Largo João Batista Bussinger, na esquina da Avenida Euterpe Friburguense. O local merecia mesmo um tratamento, não só pelo embelezamento da cidade, mas em consideração à memória do iminente advogado, jornalista, poeta e ex-vereador que nomeia o espaço.

Outro projeto lindo de se ver é a exposição de trovas na Praça Getúlio Vargas. A iniciativa é do Comitê 200 anos que trabalhou de forma incansável para dar vida ao sonho de, mais do que nunca, justificar o título de Cidade da Trova. A UBT-Nova Friburgo está honrada com esse projeto que é mais um legado que se deixa para a história friburguense. Parabéns ao Comitê que tem a sensibilidade à flor da pele.      Sabemos que nem tudo é um mar de rosas na cidade. Em “Massimo”, a notícia do ataque ao Planetário causa tristeza. Quando um bem público sofre uma agressão é com se ferisse a alma do povo. Parece que remamos contra a maré. Como é impossível conter o vandalismo, ficamos a mercê de aumentar a segurança, que nem sempre dá conta de evitar essas ações degradantes.

Em contrapartida, a esperança de melhor comportamento humano se renova quando vemos grupos solidários com a prática do bem, como o “Fumacê do descarrego”, da galeria KM7 que percorre a cidade, queimando ervas como alfazema, alecrim, benjoin e mirra para promover “uma limpeza espiritual”. Que essa ação possa ser repetida e contagiar a cidade com boas energias.

David Massena, que sobreviveu às emoções do desfile temático, trouxe-nos um “Pinçado da internet” pra lá de oportuno: “Quem não sabe enxergar o que tem, vive como se não tivesse nada”. Esse pensamento encaixa bem na onda de algumas pessoas que dizem não ter o que se comemorar pelos 200 anos. Basta olhar a história, desde a criação do decreto, mas olhar com a alma isenta de preconceitos, que veremos motivos de sobra para as comemorações. Pela organização da vila do Morro Queimado, pelos imigrantes, pelo nosso povo de lutas constantes, pelas belezas naturais da serra, enfim, por todos os aspectos que tornam Nova Friburgo amada. É impossível que não se ache uma razão para se fazer um brinde aos 200 anos!

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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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