Soy loco por ti, Flamengo!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Amigos, começar a segunda feira com um sorriso no rosto depois de vencer um clássico como um Fla x Flu é sensacional. Depois de meses, o torcedor Rubro-Negro levantou cedo, assistiu aos telejornais matinais, comprou o jornal na banca mais próxima e conversou, com propriedade, sobre futebol com os amigos. Chega dessa de buscar desculpas pras derrotas pros rivais, né? Hoje é dia de valorizar o resultado positivo.

Acompanhando o jogo, o que me chamou a atenção no Flamengo foi a dedicação, a garra, a vontade, a entrega dos jogadores. Meio que num espírito de Libertadores, sabem? A disposição sul-americana parece ter tomado da cabeça aos pés o elenco do Mengão. Cada dividida era um prato de comida para o cidadão faminto, ninguém queria perder. 

Parte dessa raça latino-americana se deve à presença de jogadores que sabem como isso funciona. Cuéllar, estreante em clássicos, foi um volante aguerrido, que disputou pra valer todas as jogadas. A movimentação foi surpreendente e, arrisco dizer, ganhou a posição com o jogo deste domingo. O Flamengo tava precisando de gente assim, que se dedica pra caramba e veste a camisa! A expulsão foi um detalhe. Não que eu seja favorável à violência no futebol ou às cenas lamentáveis que vimos, mas a catimba feita pelo colombiano, no segundo tempo, com o Mengão vencendo por 2 x 0, foi típica de um Fla x Flu das antigas. 

Mancuello, maestro do lado esquerdo do Mais Querido, disputou o seu primeiro Fla x Flu, e foi fundamental. Bateu escanteio que originou o primeiro gol, quase surpreendeu Diego Cavalieri em cruzamento-chute pela esquerda, e deu um "chega pra lá" no escudo do rival ao cobrar infração pela direita. Ah, futebol argentino! Que felicidade que dá no torcedor em saber que o Flamengo tem, no seu elenco, um jogador acostumado com as competições sul-americanas, que veio do Independiente, time cheio de tradição, assim como o Mengão. 

E o que falar de Paolo Guerrero? Rodinei cruzou, Guerrero chutou e a bola resvalou na zaga. Rodinei cruzou, Guerrero cabeceou e Cavalieri fez excelente defesa. Essa foi a sequência do primeiro tempo, e que colocaria a pulga atrás da orelha de qualquer centroavante. "Será que hoje não é o meu dia?", pensaria. Pois é, não pensou. Rodinei cruzou e Guerrero se antecipou, e fuzilou de cabeça. Redes estufadas, torcida comemorando, e o peruano se livrando de um peso enorme nas costas - ele ainda não havia marcado em clássicos.

Viram como apenas três jogadores de sangue latino, quente, fizeram a diferença no jogo de ontem?

Vamos somar isso à ginga, à malandragem e ao talento brasileiro. Só pode dar uma receita que faz o torcedor sonhar com uma vaguinha na Libertadores do ano que vem. Mas, se estamos falando de ginga e malandragem, por que não citar aquele samba? "Sonhar não custa nada..."

Arriba, Mengão! Semana que vem a gente volta

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