Futebol é resultado!

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Amigos, hoje a gente fala sobre algumas questões não apenas sobre o Flamengo, mas sobre o futebol brasileiro em geral. Depois da eliminação do time do Brasil na Copa América, é preciso descobrir o que está errado e se reinventar. Uma sequência de vexames não pode passar em branco, principalmente em um esporte que é paixão nacional. 

O Flamengo passa por esse processo desde o início da gestão Bandeira de Mello. É notável a redução no déficit do clube e a responsabilidade na administração do clube é louvável. Mas faltam resultados, torcedor vive de resultados! Foram apenas dois títulos conquistados, uma Copa do Brasil e um estadual. É muito pouco, é preciso mais. 900 mil em um atacante contestado, dispensa do zagueiro Samir, que cairia como uma luva no time de hoje, eliminações... Essa diretoria coleciona erros quando o assunto é futebol. Não basta pagar a dívida, é preciso investir corretamente o valor arrecadado, em contratações pontuais, mas que tragam resultados. O Flamengo não pode mais viver de apostas e de equívocos.

E a gente pergunta: qual foi o último jogador do Flamengo convocado para a Seleção Brasileira? Kleberson, em 2010, teve esta honra. Depois, nenhum atleta do Flamengo vestiu a camisa amarelinha. O que será que acontece com o clube mais popular do país para não ter um representante que seja entra 23 convocados? Revelação de jogadores? Proximidade do campeonato nacional? Boas campanhas? Acho que é um pouco disso tudo, mas acho que falta identidade, tanto no Rubro-Negro como no time Canarinho. 

A reflexão é simples. Olhando para o elenco de hoje, quem teria a capacidade de vestir a camisa mais pesada do futebol mundial? NINGUÉM! De Alex Muralha a Felipe Vizeu. Nenhum dos jogadores são cogitados para estarem nas convocações. Até Jorge perdeu a vaga na sub-20 para Zeca, do Santos. Realmente, está complicado!

Na Seleção nem se fala. Não há nem sombra do time que encantava. Eu confesso, amigos, que a última vez que o time brasileiro realmente me empolgou foi em 2006. Mas o gol de Henry, em Frankfurt, sepultou uma geração que se criava e se elevava nos video-games e fazia com que o encontro com a TV em dias de jogos do Brasil fosse sagrado. A Seleção podia jogar contra França ou Andorra, Espanha ou Marrocos, Argentinha ou Seleção da Catalunha, que estávamos ligados. Que saudade da geração Romário, Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Roberto Carlos... Káká e Adriano também fazem falta, mesmo que numa curva descendente na carreira. 

A geração se foi, e nem os títulos da Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009 e 2013 deram um gás. Hoje eu dou o braço a torcer, a Seleção não empolga mais!

Dizem que futebol é resultado. Eu, na minha mais íntima utopia, ainda penso diferente. É bem melhor ver um futebol bonito, vistoso, de toque de bola e movimentação, do que aquela peleja pragmátiva de marcação forte, meio que sem vibração, parecendo um programa de computador, sabem? Mas reconheço que nem resultados estamos tendo. Aliás, até temos, seja com eliminações na Primeira Liga, na Copa América de 2015, no Campeonato Estadual, na Copa América Centenário, na Copa do Brasil, na Copa do Mundo... Tudo mostra o nosso verdadeiro cenário, de falta de ídolos, de vontade de ver a Seleção. 

Realmente, 7 x 1 foi pouco, tanto o da Alemanha quanto o contra o Haiti. Foi difícil acordar hoje e se reconhecer torcedor do Brasil e do Flamengo. É preciso de uma reformulação completa no futebol brasileiro, que deveria ter sido feita em agosto de 2014 e que não passe por manter Dunga ou trazer de volta figuras como Parreira, Felipão... É hora de mudar, para que uma ausência inédita em Copa do Mundo abra nossos olhos para essa mais que urgente necessidade de mudança.

É difícil. No entanto, além de ser brasileiro e não desistir nunca, sou Rubro-Negro, time de Raça, Amor e Paixão!

Semana que vem a gente volta!

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