Homem da Montanha

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Que semana especial. Minha cidade completou na quarta-feira, 16, seus 200 anos. Quanto desejo de declarar meu amor por essa terra aos meus olhos tão incrivelmente maravilhosa. No último sábado, 12, tivemos a oportunidade de lançar o livro “Nova Friburgo: Contos, Crônicas e Declarações de Amor”, Volume II, organizado por George dos Santos Pacheco, que contou a participação de diversos autores da cidade e eu fui uma dessas felizardas pessoas.

Por ocasião do lançamento, ao apresentar meu texto fiquei muito emocionada. Não estava na minha programação. Mas não tem escapatória. Como falar de sentimentos sem senti-los? Ainda não aprendi nenhuma técnica que me livre disso. Talvez nem queira. Sentir é tão bom. Eu relatei a história de tanta gente que ao buscar sonhos, muda de cidade assim que conclui o ensino médio e que ao mesmo tempo, sonha voltar para casa. E um dia, volta. Que sorte a minha ter voltado!

Como pensar no bicentenário dessa cidade sem nos inserir no contexto? Muitas histórias nasceram aqui, têm berço nessa terra. E então, nessa de sentir, apenas manifesto o sentimento de gratidão. Talvez muitos friburguenses que tiveram por inúmeras razões a oportunidade de sair da cidade e a benção de retornar tenham percepção parecida com a que estou tendo, de sentir-se em um oásis nesse mundo, apesar de todos os pesares.

E por assim pensar, não consigo externalizar outro sentimento que não seja de gratidão pelo bicentenário da cidade e o sincero desejo de crescente paz e prosperidade para todos os friburguenses. Registro aqui trechos da bela canção “Homem da Montanha”, de Benito di Paula, que ecoa em muitos corações e neles faz morada:

“Estou na cidade grande
E a saudade é tamanha
Quero ver se volto logo pra serra
Eu sou homem da montanha

Eu nasci com a minha sorte
Eu sou filho da alegria
Meu pai se chama José é
Mamãe se chama Maria

Eu era menino livre
Cheio de sonhos dourados
Filho de festa de Rei eu cresci
Friburguense coroado

Hoje eu tenho saudade
Desse trem que me levou

Hoje não existe trem na cidade
Mais existe o meu amor ô ô

Estou na cidade grande
E a saudade é tamanha
Quero ver se volto logo pra serra
Eu sou homem da montanha”

TAGS:

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.