Faz frio

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Faz frio lá fora. Os termômetros registram queda brusca da temperatura. A serra esfria. Casacos preparados. Nas vitrines, os lenços, cachecóis e toucas conquistam espaço. Nas pessoas, também. Começa a fase da alegria ao pairar sob um raio de sol para aquecer. Cheiro de chocolate quente. Com sorte, aroma de canela. Dia lindo, céu azul. E aquele frio gostoso...

Uma modesta pesquisa com pessoas próximas sinalizou que a fase é bem vinda por aqui. Com sorrisos largos e alguns suspiros, a satisfação pelo clima ameno. Alguém lembrou da frase: “tempo frio, coração quente”.

Que venham as boas taças de vinho, os livros que estão na estante aguardando a hora certa para serem lidos. Preparem os chás. Acendam a lareira. A boa nova é que o frio chegou. Que venham os gorros, os morros. Verdes. Limpem as panelas de fondue. Desçam os edredons do armário. O frio chegou para temperar o outono. Quanto às “ites”, rinites, sinusites, bronquites, a pergunta: tem como dispensá-las? E aquele riso de canto de quem reage à uma piada pronta que se repete ano após ano. Bom, tem flores belíssimas que guardam seus espinhos. Faz parte.

Quem gosta dessa energia típica de outono com o frio apresentando suas facetas, deve estar animado nesses últimos dias. As estações do ano têm disso... despertam além de tudo, transformações na gente. Qual seria a graça se todo dia fosse calor de verão dentro de nós? Tem frio que gera sensações mais gostosas. Há inclusive quem sinta verão dentro de si justamente quando esfria lá fora.

E essa dinâmica é interessante de ser observada... e sentida. Sei lá. Ando tendo a sensação de que termômetros marcando dois graus celsius praticamente nos orgulham. Foi assim esses dias. São muitos registros, muitos cliques e compartilhamentos noticiando que o frio chegou. Felizmente. Festa na serra!

Frase da semana:

“Pois viver deveria ser – até o último e derradeiro olhar – transformar-se”.

Lya Luft

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Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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