Pastel

sexta-feira, 06 de dezembro de 2019

 

Pastel
Não se assustem. A tradicional pastelaria ao lado do Itaú do final da Avenida Alberto Braune não fechou, apenas mudou de endereço. Carinhosamente chamada de apertadinho, agora está na Rua Augusto Cardoso.

60 anos
Fundada em 1960, a pastelaria faz parte da história de muitos friburguenses. Além do  lanche rápido ou mesmo a compra da massa para fazer em casa, os pastéis de queijo e de carne moída fazem a alegria de crianças a idosos.

Memórias afetivas
Eu, particularmente, me recordo de quando era garoto CEU (antigo estacionamento rotativo). Trabalhei nas ruas da cidade dos 9 aos 11 anos de idade. Por quase um ano a minha área foi aquela ali, que ia do Itaú até o antigo hipermercado ABC (atual Extra). Sempre era presenteado com um pastel ou juntava o dinheiro das gorjetas para um lanche especial.

Quem nunca?
Lá também, muitas vezes meu saudoso pai comprava a massa para fazer pastel em um fim de semana ou outro. Como faziam e ainda fazem inúmeras famílias friburguenses. E que continuarão a fazer no novo espaço.

Rua Augusto Cardoso
A história da pastelaria, portanto, se mistura à minha história e à história de muita gente. Que os 60 anos de sucesso se mantenham no novo endereço. Por nostalgia, memórias afetivas e pela beleza do cotidiano que só cidades como Nova Friburgo sabem apreciar.

Garoto CEU
Depois de ser garoto CEU, foi nessa mesma área que o Betinho, dono de uma loja de calçados (a antiga Armazém dos Calçados), observando que eu era um dos poucos meninos que tirava os talões do estacionamento me chamou para trabalhar. Essa loja fechou uns dois anos depois, tempo que ainda lanchava muito por lá. Fui transferido para a Mascote Calçados que até hoje existe na Praça Dermeval Barbosa Moreira. Nas lojas do Betinho fiquei até me formar professor, mesma época que estava iniciando no rádio.

Histórias
A título de simples curiosidade, CEU significava Comissão de Entidades Unidas. Trabalhavam meninos até 16 anos, facilmente identificados pelo tradicional jaleco azul escuro. A cobrança só ocorria no Centro. Os garotos como eu só podiam trabalhar se no contraturno estivessem estudando. Ficávamos com um percentual dos bilhetes do rotativo, devidamente aferidos, ao fim de uma semana trabalhada. Arcanjo era o diretor. O restante ia para as entidades sociais do município como subvenção.

Estrutura
Havia ainda os meninos monitores que eram espécies de fiscais. Mas havia o fiscal responsável. O Robson era o mais bravo deles. Obviamente, naquela época a legislação trabalhista permitia trabalhar na faixa etária dos 16 anos. Atualmente, garotos com esta idade só podem atuar no mercado de trabalho como jovens aprendizes.  

Estacionamento rotativo
Modelo a se considerar na discussão do estacionamento rotativo da cidade, para além da necessidade do plano de mobilidade urbana. Ou seja, cobrar por cobrar é gerar novo imposto. Onde fica a geração de emprego e/ou renda extra? Cadê a real preocupação com a organização do trânsito? Por que os recursos não têm destinação pública ao invés de alimentar um terceiro – o setor privado? Perguntas com opinião de quem viveu o tema.

Estreia adiada
O Friburguense se prepara para a Seletiva da Série A do Estadual 2020. A estreia com o Nova Iguaçu foi adiada do dia 21 para o próximo dia 22, um domingo. A alteração se deu por conta da possibilidade do Flamengo jogar a final do Mundial de Clubes, cuja decisão é no sábado, 21.

Sem patrocinador
Se em campo vai tudo bem, na parte financeira as dificuldades são imensas. Ainda sem receber da Federação de Futebol, dívidas que ficaram pelo caminho da segundona apertam o calo. O time ainda não tem patrocínio principal e a tendência é começar a seletiva sem.

Financeiro
A esperança de ter um patrocinador master se renova caso o time chegue à fase principal, onde um acréscimo na cota de TV pode também dar uma acertada nas contas, ainda que por si só não deixam o futebol plenamente saneado.

Camisas do Frizão
Certo mesmo é que para mais uma temporada o Friburguense se manterá fiel ao fornecedor de materiais que acompanha o tricolor da serra desde a metade dos anos 90, a Vettor. A empresa capixaba continuará confeccionando os uniformes com o planejamento dos últimos anos: camisa branca, tricolor e uma terceira que é sempre motivo de muita expectativa.       

Palavreando
“A mamãe pássaro empurra o filhote do ninho para que o pequenino descubra que tem asas. Há raros que não precisam ser empurrados”.

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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.