Consumidor desconfiado

quarta-feira, 27 de junho de 2018

Consumidor desconfiado

O Índice de Confiança do Consumidor, medido pela Fundação Getulio Vargas, caiu 4,8 pontos de maio para junho deste ano. Com a queda, o indicador atingiu 82,1 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde agosto de 2017 (81,4 pontos).

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Em junho, as avaliações dos consumidores pioraram tanto em relação ao momento atual quanto em relação ao futuro. O Índice de Situação Atual, que mede a confiança em relação ao presente, recuou 5,4 pontos e chegou a 71,8 pontos, o menor nível desde setembro de 2017 (71,2 pontos). O Índice de Expectativas, que mede a confiança em relação aos próximos meses, caiu 4,2 pontos e chegou 90 pontos, o menor nível desde agosto de 2017 (89,9 pontos).

Recuo da construção

O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,1 pontos de maio para junho deste ano. O indicador atingiu o patamar de 79,3 pontos em uma escala de zero a 200, o menor nível desde novembro de 2017 (78,6 pontos).

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A queda foi provocada principalmente pela piora das expectativas de curto prazo do empresariado. O Índice de Expectativas recuou 6,5 pontos, a maior queda da série histórica, iniciada em julho de 2010, atingindo para 88,3 pontos, menor nível desde agosto de 2017 (87,8 pontos). Já o Índice da Situação Atual, que mede a confiança em relação ao momento presente, manteve-se relativamente estável em junho, ao aumentar apenas 0,3 ponto, passando de 70,5 em maio para 70,8 pontos em junho

Greve e as contas

A paralisação de 11 dias dos caminhoneiros, que provocou uma crise de desabastecimento no fim de maio e no início de junho, terá um efeito inesperado sobre as contas públicas. O aumento da inflação decorrente da greve dará uma folga de até R$ 14 bilhões para o teto de gastos em 2019.

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A estimativa foi divulgada pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, ao participar de seminário promovido pelo Ministério do Planejamento. Segundo ele, a projeção foi feita com base na inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre julho do ano passado e junho deste ano, indexador que corrige o limite de gastos federais para o ano seguinte.

Pagando mais

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 106,192 bilhões em maio, um aumento real (já descontada a inflação) de 5,68% na comparação com igual mês de 2017, informou a Secretaria da Receita Federal. Em relação a abril deste ano, houve queda de 19,14%.

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O valor arrecadado foi o melhor desempenho para meses de maio desde 2015. De janeiro a maio deste ano, a arrecadação federal somou R$ 603,400 bilhões, o melhor desempenho para o período desde 2015. O montante ainda representa aumento de 7,81% na comparação com igual período do ano passado.

Juro gera risco

O Banco Central reconhece que o processo de alta dos juros nos Estados Unidos gera risco crescente para os mercados emergentes. Esse fenômeno, dizem os diretores da instituição, deve potencializar o ajuste de preços e a volatilidade nos negócios. Outro risco é a guerra comercial entre as principais economias do mundo. Para o BC, o cenário externo está mais "desafiador".

A avaliação faz parte da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada ontem, 26.

Preço volta a cair

O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis brasileiros caiu pela terceira semana consecutiva. Na semana encerrada no último dia 23, o preço médio ficou em R$ 4,538 por litro, ou seja, 0,74% mais barato do que na semana anterior (R$ 4,572). A informação foi divulgada ontem, 26, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Desde a semana encerrada no último dia 2, quando foi registrada a última alta, o combustível acumula queda de preço de 1,65%.

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